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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Quando um Cão morre e o outro fica





Como ajudar seu cão a lidar com a perda de um membro da matilha, por exemplo quando um cão da família morre?


Os cães tem emoções? Eles sofrem com a perda de um cão ou membro humano da família? Pela experiência de Martin Deeley, sim, eles sentem. Os cães conseguem captar as emoções dos outros e ter sentimentos próprios, mas a intensidade dessas emoções depende de muitos aspectos. Isso depende da família do cão, seu estilo de vida, a relação com o falecido, a relação com os membros humanos da família, e a atitude e emoções com as quais os membros da família estão lidando com a morte do cão ou pessoas que morreu.
 Pode-se definir a palavra “emoção” como “um estado mental que surge espontaneamente e não através de um esforço consciente e é frequentemente acompanhado por alterações fisiológicas, um sentimento:.emoções de alegria, tristeza, reverência, ódio e amor ‘. No caso da morte, a emoção pode pode ser a angústia, tristeza, luto e sentimentos relacionados que podemos descrever como um vazio. “

Um cão que perdeu seu companheiro pode mostrar sinais de estresse emocional com falta de apetite, mostrar-se distante, ou até mesmo ser exigente em atenção e afeto. Nós temos que lembrar que quando um animal se relaciona com outro por um longo período, eles desenvolvem uma amizade, criando hábitos, rotinas, limites e até regras entre eles. Quando de repente um deles não está mais presente, a dinâmica muda. 

Esses hábitos e rotinas criam confiança, certeza e familiaridade com o mundo. Agora com a morte do companheiro, é como se ele tivesse que superar os vários hábitos adquiridos no qual eles encontram dificuldade de perder. Com alguns cães, isso pode se tornar extremo pois eles podem ter desenvolvido uma ligação muito forte com o companheiro falecido. Eles têm seguido, guiado, se exercitado e entretido um ao outro. O mundo foi construído em função do parceiro. Até cães que são líderes podem sentir-se sozinhos, com ninguém para liderar e compartilhar. Eles perdem o sentimento de serem úteis e serem parte da matilha.


Este é um dos principais motivos para cães mostrarem tristeza e luto. Confiança e um sentimento de pertencer a matilha desaparecem com a perda de um membro canino. Em alguns casos isso pode até levar a problemas comportamentais como ansiedade de separação quando o cão é deixado sozinho, agora sem companhia. Há casos nos quais o cão não consegue se separar do companheiro que já se foi, ficando ao seu lado ou perto do seu tumulo por dias.


Cães não podem falar para nos deixarem saber o que eles estão pensando, então temos que ler sua linguagem comportamental, comportamento e atitude geral para saber como eles estão se sentindo. É claro, nós podemos interpretar mal o que eles estão pensando e sentindo, e às vezes eles podem estar simplesmente refletindo nossos próprios sentimentos e emoções. Portanto, você pode pensar que suas emoções derivam da perda de companheiro, quando na verdade eles estão reagindo às nossas emoções expostas.
Em 1996, a ASPCA desenvolveu um estudo, no qual foi descoberto que 36% dos cães comem menos depois da morte de um companheiro canino, 11% pararam de comer completamente, e 63% vocalizaram mais ou se tornaram mais quietos. Muitos dormiam em lugares diferentes do que costumavam dormir antes da morte do companheiro e mais da metade dos cães se tornam mais afetivos, chegando ao ponto de serem pegajosos com seus donos. Eles perderam sua confiança, a segurança do seu cobertor, e sua maneira de viver e, sem a ajuda e direção clara eles ficam perdidos.

Então o que podemos fazer para minimizar e superar o luto? Isso nem sempre é possível, mas tente pensar a frente quando você souber que um dos companheiros do seu cão pode morrer. Nós devemos sempre ser o líder, mas ainda mais nesse momento de luto. Engaje seu cão em atividades que ele gosta – passeios, brincadeiras, nado, idas ao parque – e faça isso para você também. Não se sinta culpado ao deixa-lo sozinho, ele estará mais propenso a aproveitar a pausa, o descanso e o relaxamento de não ser mais o líder.

Ao passar dos anos , Martin Deeley teve pouco mais de 13 cães, e pode assistir o comportamento deles quando um dos membros morria. Hoje em dia, seus cães e gatos são todos amigos, correm, brincam e dormem juntos – e quando um deles morre, os outros não mostram emoções excessivas a ponto de pararem de se alimentar. No entanto, quando a velha Becky, uma das cadelas de Deeley, morreu, o filho dela e os cães mais jovens passaram dias procurando por ela. Ela era a matriarca, o cão que lidarava, mas não o líder. Deeley mantem a liderança na casa, e essa é a razão pela qual acredita que tem poucos problemas de comportamento quando um dos membros da matilha morre.





Passar tempo com os cães é uma ótima maneira de evitar problemas comportamentais devido ao luto. Mas é claro que a maioria das pessoas não tem o tempo que gostaria para fazer isso, mas isso faz uma grande diferença na vida dos cães, quando um deles morre e nós temos que guia-lo nesse momento com atividades que façam com que ele se concentre em outras coisas e não na sua dor. Se mostrarmos liderança antes da morte, a transição desse cão será muito mais fácil e ele sofrerá por menos tempo. E mesmo que ainda estejamos de luto, não podemos deixar isso refletir ou negligenciar o outro cão, isso só irá piorar a dor para ambos.
Temos que viver pelo cão que está vivo, ele precisará de ajuda durante esse tempo de adaptação para uma nova rotina. Ajudando-os acabamos ajudando nós mesmos a passarmos por essa fase. Alguns cães verão sua afeição ou carinho como um sinal de fraqueza, por isso nunca esqueça também que é preciso continuar com os mesmos limites e regras que eram impostas antes. 
Algumas pessoas dizem que o comportamento do cão mudou quando seu companheiro morreu, que ele se tornou agressivo e dominante ou medroso, mas as vezes, por pena, acabamos incentivando e recompensando o mal comportamento. Será que essa mudança de comportamento não é culpa sua? A liderança consistente é o que realmente ajuda seu cão no momento de luto e não o carinho e afeição em excesso. Nosso trabalho de líder nunca deve acabar. Se você oferecer liderança confiante ao seu cão, ele nunca se sentirá só, pois terá você.
Não se apresse em trazer outro cão para casa para ocupar o lugar do falecido. Espere um pouco, dê uma chance ao seu cão e a você de se familiarizar com o fato de que o outro cão não está mais lá. Pense bem antes de levar outro mascote para a casa.
Sobre Martin Deeley
Martin Deeley é reconehcido internacionalmente como um líder em treinamento de cães. Ele é co-fundador da International Association of Canine Professionals, é autor de livros de treinamento canino e participou do DVD de Cesar Millan.
Fonte: Cesar´s Way/nossolatido.com.br

Um comentário:

  1. Gostaria de umas dicas para acalmar um cão de 14 anos que chora muito desde que seu companheiro de canil (seu pai) faleceu já não sei o que fazer ele não que ficar mais no local e só fica quieto quando está dentro de casa com as pessoas, como posso fazer ele se acostumar com a nova situação e fazer ele ficar no canil sem chorar ?

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