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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Animais e Manias Compulsivas



Como evitar manias compulsivas no pet

Revista Cães & Cia, n. 292, setembro 2003
Quando o pet desenvolve manias como perseguir a própria cauda, latir sem parar, arrancar parte da pelagem é provável que esteja com compulsão. O comportamentalista Alexandre Rossi ensina como enfrentar o problema Como nós, os animais também estão sujeitos a comportamentos repetitivos, que além de desagradáveis podem resultar em prejuízo à saúde deles. É o que acontece quando o cão ou gato, de tanto se lamber, fica com feridas. Saiba como identificar os principais motivos da compulsão e aprenda a lidar corretamente com ela.

Identificando a compulsão
O papagaio que arranca as próprias penas age de modo compulsivo, assim como qualquer animal que tenha comportamento repetitivo, sem propósito claro nem vantajoso. Quase todas as manifestações físicas podem se tornar compulsivas. Entre as mais comuns estão correr atrás da cauda, perseguir a própria sombra, lamber exageradamente as patas, arrancar pêlos ou penas e latir por longos períodos.




 

Causas
Além de predisposição herdada, em geral por desequilíbrio químico dos neurotransmissores do cérebro, o comportamento compulsivo também pode estar associado a estresse e ansiedade, provocados pelo ambiente onde o animal vive e pelas relações que os humanos têm com ele. Esses fatores ambientais muitas vezes são as únicas causas da compulsão. Por exemplo, um cão ativo ficará ansioso se for confinado em espaço pequeno demais e com poucos estímulos. Para gastar a energia acumulada, poderá começar a andar em círculos, lamber as patas, latir e até roer pedras. Se a condição se prolongar, surgirá o comportamento compulsivo e durará pelo resto da vida, mesmo que se venha a oferecer condições mais adequadas. As dicas a seguir permitem evitar a compulsão adquirida e, se ela já estiver instalada, aliviá-la, já que é difícil superá-la por completo.

Ambiente adequado
Procure criar condições para o animal gastar tempo e energia de acordo com as necessidades de espaço, atividade e companhia típicas da espécie à qual ele pertence. Não o deixe sozinho por longos períodos se ele for muito sociável, por exemplo. Um cão habituado ao convívio com o dono pode se desesperar se este sair de casa, mesmo que somente por algumas horas.

Cuidado com mudanças bruscas
O estresse está entre as principais causas do comportamento compulsivo. Um papagaio pode ficar muito estressado se houver uma repentina mudança no horário que se acostumou a receber comida ou se a mesma for servida por uma pessoa diferente.
O incômodo de enfrentar mudanças será menor se o pet for habituado desde filhote a diversos ambientes, situações, pessoas e animais. Essa socialização deve ser feita sempre de maneira gradativa, sem mudanças bruscas.




 

Guloseima não é remédio
Na tentativa de interromper um comportamento compulsivo, alguns pro
prietários tentam distrair o pet oferecendo brinquedos, atividades ou guloseimas, mas são surpreendidos ao ver o comportamento indesejado se tornar mais intenso. Trata-se de o animal, satisfeito com a "recompensa" recebida, se esforçando para ganhar mais. Até broncas podem reforçar a compulsão se forem interpretadas como ganho de atenção por um animal carente nesse sentido. Portanto, para interromper um comportamento compulsivo, provoque uma sensação desagradável ao animal, sem traumatizá-lo. Pode ser um barulho incômodo ou, se a privação da presença humana não for do agrado dele, deixá-lo sozinho por alguns minutos.

Uso de medicamentos
Para o comportamento compulsivo decorrente do desequilíbrio químico dos neurotransmissores do cérebro, há remédios, geralmente antidepressivos, bem como atividades físicas e suplementação alimentar com aminoácido como o triptofano.

Resumo das dicas
• Forneça espaço e atividades adequadas para o seu animal.
• Exponha gradativamente o seu bicho a diversas situações e pessoas.
• Evite mudanças bruscas que estressem o animal.
• Para interromper um comportamento compulsivo faça um barulho incômodo ou deixe o pet sozinho -- não utilize brincadeiras, petiscos nem carinho.
• Quando o problema é desequilíbrio químico dos neurotransmissores do cérebro, remédios podem ajudar, bem como atividades físicas e suplementação com aminoácidos.

Fonte:caocidadao.com.br

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