Há
tempos temos recebido perguntas sobre a espiritualidade dos animais.
Para tanto, empresto as ponderadas palavras do médico veterinário
Marcel Benedeti, fundador da Asseama
(http://www.asseama.com.br/index.html), e que teve toda sua breve vida
dedicada a esclarecer as pessoas (inclusive os espíritas) sobre a
necessidade de respeitar os animais, até seu falecimento no início deste
ano. Benedeti publicou sete livros: "Todos os Animais Merecem o Céu";
"Todos os Animais São Nossos Irmãos"; "Animais no Mundo Espiritual",
"A Espiritualidade dos Animais"; "Histórias Animais que as Pessoas
Contam, Errar é Humano – Perdoar é Canino", "Os Animais Conforme o
Espiritismo"; "Animais: Tudo o que Você Precisa Saber", e o último "Os
Animais conforme o Espiritismo".
Sabemos
que os animais têm espíritos e sentimentos e, como nós, estão passando
por um processo evolutivo. Nós, buscando o aperfeiçoamento moral e
espiritual; eles, evoluindo nas diversas espécies. Quanto a questão da
reencarnação dos animais, no Livro dos Espíritos temos na questão 598 – A
alma dos animais conserva depois da morte sua individualidade e a
consciência de si mesmo? “- Sua individualidade, sim, mas não a
consciência do seu eu. A vida inteligente permanece no estado latente.”
Os
animais são como nós: quando morrem, também são encaminhados para a
dimensão espiritual e são acolhidos por equipes que os tratam e
alimentam. Isto porque Os animais são mais ligados aos hábitos
alimentares que os humanos e, então, apesar de não precisarem para
manter seus corpos físicos — que não possuem mais —, são alimentados.
Os
animais são agrupados por afinidade, para evitar as disputas que são
comuns também neste plano. Eles mal distinguem as duas dimensões. Para
eles estarem aqui ou lá é a mesma coisa. Por isso, um cão que deteste
gatos, ao se deparar com um deles lá, o atacaria e o outro tentaria
defender-se, usando seus instintos que estão impressos no seu corpo
espiritual. Se tivéssemos uma boa vidência, notaríamos, talvez, a
presença de espíritos de animais à nossa volta, pois eles transitam
facilmente entre as duas dimensões sem distingui-las.
Aliás,
outro aspecto próprio dos animais é sua vidência. Eles são naturalmente
videntes. Eles vêem espíritos de seres humanos, por exemplo, que nós
mesmos veríamos com dificuldade, sem distinguir praticamente em que
dimensão estão vendo. Tanto vêem a nós quanto aos espíritos que estão
‘em outras dimensões'.
Quanto
à vida dos animais entre nós, cada qual tem seu roteiro de
aprendizado, e, ao final de algum estágio, é necessário iniciar outro. E
para atravessar para a fase seguinte, é necessário passar pela
experiência da desencarnação. As situações onde haja sofrimento fazem
parte de seu aprendizado ou de seus donos. Nisto não podemos interferir,
assim como não o fazemos em nossa própria vida.
Mas
o importante nessa dinâmica é a possibilidade de reencarnação também
dos animais. Embora não tenham o livre arbítrio dos espíritos humanos,
poderão amadurecer e retornar como animais mais evoluídos, com maior
grau de sociabilidade. Este processo se repete sucessivamente e o
espírito animal vai de estágio em estágio até se tornar próximo dos
humanos, com quem aprenderá para que, em futuras encarnações, seja um
ser humano, a princípio primitivo como os macacos, por exemplo.
Pode
haver um lapso de talvez centenas ou milhares de anos antes que cheguem
à fase de individualidade em que nos encontramos. Antes de
reencarnarem, conviverão muito conosco para aprenderem como agir e como
pensar da forma como pensamos. Quando se sentirem humanos, estarão
prontos a estagiar em nosso meio. Inicialmente poderão reencarnar como
pessoas que têm pouco desenvolvimento intelectual, podendo ser também um
tanto agressivas. Alguns possuem instintos animais ainda muito
aguçados, dando excessiva importância ao sexo e ao apetite. Podem ser
egoístas e territorialistas.
Importante
é que saibamos que eles (os animais) estão próximos e continuarão
ligados a nós através do pensamento. E é justamente através de nossos
sentimento que poderemos ajudá-los em sua caminhada, seja neste ou em
outro plano da vida.
A partir do livro "Todos os animais merecem o Céu", Marcel Benedeti
Fonte:partidaechegada.com
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