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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Gatos e a Síndrome do Vestibular





“Quando a síndrome do vestibular é diagnosticada adequadamente por um  médico veterinário em tempo hábil, há diminuição e até afastamento total da lesão”



Essa síndrome pode acometer gatos em qualquer idade, não há relação com sexo nem raça. Origina-se na disfunção dos receptores vestibulares periféricos no ouvido interno. Dificilmente esta patologia acomete os dois condutos auditivos.

Para ser concretizado o diagnóstico precisam ser avaliados os sinais clínicos do animal, tais como: alterações de conduto auditivo – otite externa, média ou interna; sarna de ouvido; pólipos e neoplasias, entre outros.










O animal pode apresentar ataxia quando:

• Faz posições variadas ao caminhar sem coordenação e balança a cabeça;

• Inclina a cabeça de modo que uma orelha fique mais baixa do que a outra – isto ocorre pela perda da sensibilidade do músculo antigravitante lateral da garganta;

• Executa movimentos circulares;

• Estrabismo – onde ocorre posição anormal dos globos oculares e nistagmo – movimento inadequado do ritmo dos globos oculares.







Os sinais clínicos não progridem e os laboratoriais normalmente apresentam apenas leve desvio à esquerda, relacionados a processos inflamatórios. Alguns felinos apresentam ainda vômito, queda de pelo, dificuldade de posicionamento dos membros e anorexia. Nestes casos aconselha-se ao proprietário internação durante as primeiras setenta e duas horas de tratamento.

Quando a síndrome do vestibular é diagnosticada adequadamente por um  médico veterinário em tempo hábil, há diminuição e até afastamento total da lesão. Após conclusão com o diagnóstico clínico e com radiografia de face e crânio, deve-se utilizar como tratamento inicial o afastamento do gato para  local tranquilo sem estimulação de outros animais nem forte iluminação.

Há necessidade da utilização de antieméticos e antivertiginosos e, em algumas situações, administração de medicação anti-inflamatória. O prognóstico para recuperação é ótimo. O animal volta às atividades normais após um período de 30 a 60 dias. Alguns felinos, porém, podem ficar com alteração residual de inclinação de cabeça e a ocorrência de recidivas ao longo do tempo.

Rachel Borges, médica veterinária.
vet.rachel@gmail.com
Fonte:revistapulodogato.com.br

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