quarta-feira, 18 de março de 2015
A Equoterapia
Andar a cavalo deixou de ser, pura e simplesmente, um prazer ou um meio de locomoção. Hoje, essa prática tão antiga também é usada como terapia no desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência ou de necessidades especiais e se você ler este artigo com atenção, perceberá que é terapêutico para qualquer um de nós.
Os benefícios ao usuário do método, conhecido como Equoterapia, não são apenas físicos, mas também psicológicos, educativos e sociais.
De acordo com especialistas no assunto, o cavalo, ao se deslocar, realiza um movimento semelhante à marcha humana, ou seja: o centro gravitacional do cavalo é deslocado tridimensionalmente, com a marcha, num movimento semelhante à bacia pélvica humana. A correspondência entre os movimentos, humano e eqüino é tal que a diferença entre um e outro é menor que 5%.
Essa semelhança pode ajudar pacientes com lesões no cérebro, fornecendo imagens cerebrais seqüenciais e impulsos importantes para aprender ou reaprender a andar. Além disso, o cavalo passa três ondas vibratórias simultaneamente (para cima e para baixo, para um lado e outro e para frente e para trás), o que faz dele uma “máquina terapêutica” que nenhum outro método consegue imitar.
Um dos grandes motivadores da terapia é a inversão de papéis, considerando que o paciente é o protagonista do tratamento, tendo como parceiro o cavalo, e o terapeuta é um simples mediador. Outra vantagem da Equoterapia é o biorritmo do cavalo e o movimento rítmico-balançante, que estimulam o metabolismo, regulam o tônus e melhoram os sistemas cardiovascular e respiratório.
Já o movimento e a mudança de equilíbrio constante pedem uma adaptação incessante do próprio equilíbrio, fortalecendo a musculatura e a coordenação. Assim, a integração sensoriomotora e a consciência do próprio corpo são melhoradas. Os resultados da prática de equoterapia são, geralmente, o maior controle dos reflexos, equilíbrio de tronco e cabeça e correção de postura. As pessoas com musculatura supercontraída adquirem flexibilidade e as que possuem pouco tônus muscular são fortalecidas.
A interação do praticante da Equoterapia com o cavalo desenvolve, ainda, novas formas de socialização, auto-confiança e auto-estima. Para a criança, o cavalo é como um grande brinquedo de pelúcia que, entretanto, é de difícil manuseio e impõe respeito. O calor, o cheiro adocicado, a docilidade do corpo e o movimento rítmico do animal remetem a pessoa aos primeiros contatos com a mãe e à maneira como foi transportada e cuidada por ela. Assim, a criança portadora de deficiência tem o apoio e o amparo de que necessita para se desenvolver.
A técnica, exige profissionais hábeis, para que a Equoterapia seja aproveitada de maneira segura e correta.
Indicações
A Equoterapia é indicada para tratamento de casos de paralisia cerebral, acidentes vasculares cerebrais, traumas crânio-encefálicos, atrasos maturativos, formas psiquiátricas de psicoses infantis, estados marginais como autismo, Síndrome de Down e dependência química. O método também pode ser usado para aliviar ou eliminar problemas de estresse, depressão, dificuldades no aprendizado, na coordenação motora, timidez e deficiências físicas, entre outros.
O início
Embora o cavalo já tenha sido utilizado com fins terapêuticos por Hipócrates, na Grécia Antiga, e a equitação tenha sido recomendada pelos antigos médicos gregos, os tratamentos com Equoterapia tiveram início somente nos anos 30, na Alemanha, como alternativa para a cura de várias doenças. Os estudos sobre a Equoterapia tinham se iniciado no século anterior, quando médicos parisienses começaram a pesquisar o assunto, motivados pelos ensinamentos da Grécia Antiga.
Há mais de três décadas, a Equoterapia ganhou notoriedade com as observações do médico alemão Rider. Vítima de um acidente vascular cerebral que o deixou semiparalisado, ele notou que a prática de andar a cavalo contribuía para a sua recuperação. Um dos impulsos para a disseminação da técnica foi a Segunda Guerra Mundial. Com ela, houve uma renascença da Equoterapia, que foi usada em mutilados pela guerra, pois muitos deles tinham sido excelentes cavaleiros. A técnica se difundiu e começou a ser utilizada em todo o mundo.
No Brasil, a terapia começou a ser aplicada em meados dos anos 80, e teve grande aceitação, sendo que há hoje várias clínicas especializadas em Equoterapia, embora somente em 1997 o Conselho Regional de Medicina tenha admitido a terapia como método de tratamento válido no país.
Suzete é Naturopata, Iridóloga e Instrutora dos Exercícios Visuais. Autora do livro: Cuide de Seus Olhos
Contato: suzete@saudeintegral.com
Sites: www.saudeintegral.com, www.iridologiasp.com.br e www.metodobates.com.br
Fonte: saudeintegral.com
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