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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cães e Brincadeiras


Porque é que o meu cão brinca?

Quando decide ter um cão, decide também ter um companheiro de brincadeiras para toda a vida. Os cães aprendem as técnicas de sobrevivência com os irmãos, enquanto cachorros. A interacção permite-lhe desenvolver as capacidades de caça e todos os outros aspectos do processo de socialização. Por isso, é natural que os jogos que o dono tenha com o seu animal influenciem a relação entre os dois.


Jogos de força

Os jogos de tracção são um exemplo de jogos de força, ou de “medir forças”: O dono e o cão têm cada um uma extremidade de um objecto e os dois puxam em sentidos contrários. Apesar de muitos donos desconhecerem o significado por detrás dos jogos de força, a verdade é que jogado sem regras, este tipo de brincadeiras não são tão inocentes como parecem à primeira vista. Quando o dono e o cão iniciam um jogo de força, geralmente o cão sai vencedor, isto porque o cão nunca larga o objecto por iniciativa própria, podendo ficar com os dentes nele durante horas e porque o dono larga-o cansado de jogar, ou interrompido por qualquer outra situação. Para o cão, uma vitória é uma vitória, mesmo que o dono o tenha deixado ganhar. As vitórias sucessivas levam o cão a acreditar que vai subindo na hierarquia até ao ponto de desafiar a liderança do dono. Este jogo assim conduzido estimula uma relação de competitividade entre o cão e o dono.

Jogos de posse e perseguição

Mesmo que não compre objectos destinados a jogos de tracção, isso não quer dizer que o cão não teste a sua liderança. Roubar meias, sapatos ou qualquer outro item são uma outra forma de “medir forças”. Quando os cães se apoderam de algo que tem pouco significado para o dono, raramente o acontecimento tem repercussões, mas quando o cão apanha um sapato, por exemplo, e o dono tenta recuperá-lo, os jogos de perseguição (caça) começam. Se o dono recupera o sapato, ele é o vencedor, mas se não o conseguir, o cão ganha. Na maioria das vezes o dono consegue apanhar o cão e o sapato, mas inocentemente abdica da vitória, dando ao cão um sapato velho, porque acredita que o cão gosta de sapatos. Contudo, o cão está apenas a testar o dono e o sapato é apenas um meio para o fazer. Apesar de para nós ser clara a diferença entre um sapato velho e um sapato novo, para o cão a diferença é nenhuma, ou melhor, o sapato velho tem o cheiro do dono mais acentuado e poderá ser ainda um prémio superior. Ao permitir que o cão fique com o “prémio” o dono está a permitir ao cão que disponha dos seus objectos. Para o cão não é difícil de perceber que os objectos aos quais o dono dá mais valor, são aqueles que têm o seu cheiro mais activo. Eventualmente, o cão vai começar a “roubar” os objectos do dono apenas para iniciar estes jogos de perseguição. A cada vitória, o cão toma posse dos objectos, não sendo o objecto em si que interessa ao cão, mas sim o facto de serem prémios resultantes da sua superioridade em relação ao dono.
Os cães não são todos iguais, reagindo de forma diferente às situações do quotidiano. Em alguns cães, estes jogos e vitórias consecutivas não determinam a forma como o cão interage com o dono, mas noutros, especialmente nas raças dominantes, estes brincadeiras podem moldar a personalidade do animal. A estes cães nunca deve ser permitida a vitória sobre o dono. Em casos de cães com falta de confiança, em caso de abuso e maus tratos, por exemplo, deixá-lo ganhar o estes jogos de força pode ser uma forma de aumentar a confiança nele próprio. Mas tudo deve ser feito com conta, peso e medida.

Vantagens

Se jogado de acordo com as regras, os jogos de força comportam alguns ganhos. Como foi dito anteriormente, muitos cães desafiam os donos, mesmo que não lhes seja dado “os instrumentos” para o fazer. Saber de antemão as regras e a forma de jogar, ou seja, ter feito o treino prévio do animal, é uma vantagem quando o dono for desafiado. Ao jogar correctamente, o controlo do dono sobre o animal aumenta. Para além disso, os jogos de força não exigem grandes espaços para serem realizados e são uma forma de libertar a energia.

Desvantagens

O principal problema nestes jogos está no controlo. Se o dono não controla o jogo e o cão, a brincadeira pode facilmente tornar-se perigosa. Por vezes, mesmo controlando o cão, este pode inadvertidamente abocanhar a mão do dono quando tenta apanhar o objecto.
Este jogos deixam o cão muito entusiasmado, o que quer dizer que o cão está com muita adrenalina mesmo quando o dono decide terminar o jogo. Por causa disto, o dono pode ter de iniciar e terminar o jogo várias vezes.
Os jogos de força têm uma curta margem de erro, o que quer dizer que se não forem jogados correctamente estimulam a competição entre o dono e o animal.





As regras do jogo

As crianças nunca devem poder jogar jogos de força com os cães: tanto o cão como a criança geralmente deixam-se levar pelo entusiasmo do jogo, o que se poderá revelar uma combinação explosiva.
Deve ser sempre o dono a começar e a terminar os jogos que impliquem “medir forças”.
Deve sempre usar-se material apropriado para estes jogos. A improvisação com objectos pessoais indica ao cão que qualquer objecto pode ser usado para brincar.
Cães de raças dominantes ou cães com problemas ortopédicos não devem ter este tipo de brincadeira.
O jogo só deve ser feito se o cão obedecer aos comandos: “larga” ou “solta”.
O dono deve controlar o jogo e o cão deve obedecer ao dono em todos os comandos, incluindo os de terminar e iniciar o jogo.
Concluindo, quando o dono segue as regras, o cão não se torna violento e pode mesmo beneficiar em termos disciplinares, contudo a maioria dos treinadores de cães, desencoraja estes jogos, uma vez que as regras são difíceis de seguir e a margem de erro é mínima.





Outros jogos

Quando dizemos que os jogos de força têm vantagens, de facto é verdade desde que jogados correctamente, contudo têm sérias desvantagens que outros jogos que também contribuem para a educação do animal e para o dispêndio de energias não têm.

“Busca”

Os cães gostam de participar em jogos em que lhes é pedido para recuperarem objectos. Por vezes, não gostam propriamente de os devolver, mas se a recompensa que os esperar for boa, então fá-lo-ão com gosto. Outros comandos podem ser ensinados, tais como: “agarra”, “segura” e “larga”. Pode complicar este tipo de jogos pode-se atirar vários objectos e apenas deixar o cão partir quando lhe der a ordem. Peça-lhe também para recuperar um determinado objecto entre os vários que atirou. Neste tipo de jogos, o dono e o cão trabalham juntos para atingir um determinado objectivo. Contudo pode ser necessário mais algum espaço do que a tradicional sala de estar.

Percursos

O principal problema com os percursos é a necessidade de espaço amplos. Contudo, são uma óptima brincadeira tanto para os cães como para o dono. Disponha alguns objectos no jardim e explore vários percursos com o cão. Se o cão estiver em forma física, faça-o saltar, correr e depois abrandar apenas para voltar tudo ao início novamente. Recompense o cão por cada percurso bem feito.





Brinquedos e mais brinquedos

Os cães não devem ter muitos brinquedos à disposição. Os que os têm podem tornar-se demasiado possessivos do território onde os guardou, seja dentro ou fora de casa. Esta situação pode causar problemas, sobretudo com as visitas, uma vez que o cão pode vê-los como intrusos que ameaçam os seus objectos valiosíssimos. Contudo, os brinquedos são uma boa forma de combater a solidão e o aborrecimento do cão. Os animais devem ter pelo menos: um brinquedo apropriado para roer, um brinquedo que faça barulho e uma manta suave para se deitarem. Tenha sempre vários brinquedos apropriados para o cão e vá rodando-os para manter o interesse do cão. Alguns brinquedos devem ser propriedade do dono e usados apenas em algumas brincadeiras, como por exemplo o disco ou frisbee e a bola de futebol. Outros brinquedos podem ser dados ao cão para que ele se entretenha quando é deixado sozinho.
Fonte:arcadenoe.sapo.pt

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