A Alma dos animais
Muitos duvidam da existência da alma nos animais, achando que apenas o homem a possui. Outros, entretanto, afirmam que eles não só têm alma, como esta é igual à do homem. Entendendo-se como alma a parte imaterial do ser, o espírito, os animais a possuem sim e esse princípio independente da matéria sobrevive ao corpo físico.
Nesse propósito, temos em O Livro dos Espíritos a seguinte explicação: “É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e de Deus”. Na mesma obra, encontramos também um esclarecimento muito importante para o assunto em pauta: “Após a morte, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma? Conserva a sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece latente”.
No livro Os Animais têm Alma?, Ernesto Bozzano, conhecido filósofo e metapsiquista italiano, apresenta 130 casos de materializações de animais, visão e identificação de espíritos de animais mortos, alucinações telepáticas percebidas ao mesmo tempo pelo animal e pelo homem, bem como várias aparições de animais sob forma simbólico-premonitória. Cada caso é devidamente documentado e os comentários, apresentados com suas respectivas conclusões, são de difícil contestação.
Dna Célia, uma espírita muito conhecida aqui no Rio de Janeiro, durante as sessões do centro, ela citava animais e o nome dos mesmos e emocionava os donos dos bichinhos.
No livro de Marcel Souto Maior, "Por Trás do véu de Ísis", que trata de um trabalho de investigação, de muita qualidade e isenção desse repórter, versando sobre a comunicação entre vivos e mortos, ele cita o Centro de dona Célia, como um dos que mais lhe impressionou. Evita, porém, a pedido da mesma, citar seu nome, mas, quem a conhecia, sabia muito bem que era dela que o mesmo falava. Neste belo trabalho, Marcel conta também histórias sobre Francisco Candido Xavier e outros médiuns de renome.
No livro de Marcel Souto Maior, "Por Trás do véu de Ísis", que trata de um trabalho de investigação, de muita qualidade e isenção desse repórter, versando sobre a comunicação entre vivos e mortos, ele cita o Centro de dona Célia, como um dos que mais lhe impressionou. Evita, porém, a pedido da mesma, citar seu nome, mas, quem a conhecia, sabia muito bem que era dela que o mesmo falava. Neste belo trabalho, Marcel conta também histórias sobre Francisco Candido Xavier e outros médiuns de renome.
A psique animal
A respeito de sua obra, Bozzano afirma: “Ela consiste em um primeiro ensaio para demonstrar, por um método científico, a sobrevivência da psique animal. É preciso voltar ao nosso assunto e concluirmos salientando que a existência de faculdades supranormais na subconsciência animal, existência suficientemente comprovada pelos casos que expusemos, constitui uma boa prova em favor da psique animal. Para o homem, deve-se inferir que as faculdades em questão representam, em sua subconsciência, os sentidos espirituais pré-formados esperando se exercerem em um meio espiritual (como as faculdades dos sentidos estavam pré-formadas no embrião esperando se exercerem no meio terrestre). Se assim é, como as mesmas faculdades se encontram na subconsciência animal, deve-se inferir daí, logicamente, que os animais possuem, por sua vez, um espírito que sobrevive à morte do corpo”.
Em Nosso Lar, de André Luiz, encontramos um trecho que dá conta da existência de animais no plano astral: “Seis grandes carros formato diligência, precedidos de matilhas de cães alegres e barulhentos, eram tirados por animais que, mesmo de longe, me pareceram iguais aos muares terrestres. Mas a nota mais interessante era os grandes bandos de aves, de corpo volumoso, que voavam a curta distância, acima dos carros, produzindo ruídos singulares”.
O que estariam fazendo esses animais que acompanhavam a caravana dos samaritanos, constituída por espíritos abnegados que iam até o umbral buscar enfermos para serem tratados nas “câmaras de retificação”? Colaborando. Os cães facilitavam a penetração nas regiões obscuras e afastavam seres monstruosos, os muares puxavam cargas e forneciam calor onde necessário e as aves devoravam as formas mentais odientas e perversas.
O pai da médium Yvonne A. Pereira, por meio de mensagem psicografada por ela, enviou um importante contributo para o nosso assunto. Ao desencarnar, ele foi levado para uma cidade pequena, sossegada, apropriada para convalescentes. Ao despertar, após três dias de seu decesso, encontrava-se só em uma varanda orlada de trepadeiras floridas. “O único rumor partia do orquestrar longínquo de uns pássaros, verdadeira melodia que ressoava aos meus ouvidos com delicadeza e ternura”, disse.
Cuidar dos animais
No livro O Consolador, Emmanuel esclarece quanto à missão que os humanos têm com relação aos nossos irmãos menores, que são os animais: “Sem dúvida, também a zoologia merece o zelo da esfera invisível, mas é indispensável considerarmos a utilidade de uma advertência aos homens, convidando-os a examinar detidamente seus laços de parentesco com os animais dentro das linhas evolutivas, sendo justo que procurem colocar os seres inferiores da vida planetária sob seu cuidado amigo. Os reinos da natureza, aliás, são o campo de operação e trabalho dos homens, sendo razoável considerá-los mais sob a sua responsabilidade direta que propriamente dos espíritos, razão porque responderão perante as leis divinas pelo que fizerem em consciência com os patrimônios da natureza terrestre”.
Sábia advertência, felizes os que a escutarem. Nosso carinho e solidariedade devem se estender aos seres que, mesmo estando abaixo de nós na escala evolutiva, são capazes de nos servir e amar. Necessitamos deles como eles necessitam de nós. E nessa troca de trabalhos e afetividade, todos ganham.
A Alma dos animais
Revista Cristã de Espiritismo.
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