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domingo, 9 de outubro de 2011

O Gato Scottish Fold e suas orelhas dobradas



Também chamado de Coupari pelos canadenses, a raça também já teve outros nomes, como ‘flops’. As características dos gatos Scottish Fold (‘pregas ou dobras escocesas’) não se diferenciam muito das características dos British Shorthair já que é com eles que se acasalam. Os Scottish Fold nada mais são do que gatos British shorthair com o gene das orelhas dobradas.


DESCRIÇÃO:

Da mesma forma que o gato British shorthair, o gato Scottish Fold parece também ser o companheiro ideal para pessoas que têm o estilo de vida urbano de hoje em dia, com muito trabalho e correria. O gato Scottish Fold se adapta muito bem à vida em apartamento e parece também ser a companhia recomendada para pessoas muito ocupadas e que não dispõem de muito tempo para escová-lo ou para lhe dar atenção. Tende a ser mais independente e mais reservado. Se for o caso de donos que viajem muito, recomendamos que haja a companhia de um outro gatinho, que pode ser de outra raça, para que ambos se façam companhia. Os gatos da raça Scottish Fold apresentam porte compacto, robusto e bem redondo, cabeça redonda, testa curvada, olhos grandes e redondos, nariz largo e curto. As orelhas dobradas são a marca registrada dessa raça. Elas devem ser dobradas para a frente e para baixo, com pontas arredondadas e com inserção não muito alta, como se fossem um ‘gorro’. Esta característica aparece somente nos gatinhos depois da terceira semana de vida. Eles têm pelo curto, espesso, muito denso, como se fosse pelúcia. As orelhas podem apresentar uma, duas ou até três dobras.


CORES:

Todas as cores dos gatos British Shorthair.

HISTÓRIA

De acordo com Grace Sutton, há pouco tempo, apareceu para leilão num site na internet uma tapeçaria oriental bem antiga, muito bonita, retratando uma gata branca de orelhas dobradas com seus gatinhos. Verifica-se então que a existência de gatos com orelhas dobradas não é um fato recente, como a história oficial da raça nos mostra. Além do caso da tapeçaria, o livro Guide to Cats of the World de 1975, escrito por Howard Loxton e publicado pela editora Elsevier em Lausanne (Suíça), mostra a seguinte afirmação: “A idéia de uma raça felina chinesa com as orelhas dobradas tem se mostrado persistente”. Loxton acrescenta que a edição de 1796 da revista Universal Magazine of Knowledge menciona que gatos com orelhas dobradas, tidos como gatos selvagens, já tinham aparecido na China. Segundo a revista, um século mais tarde, em torno de 1896, um marinheiro retornou da China com um gato de orelhas dobradas...”. Não há mais evidência documental desses gatos até 1938, quando um outro gato foi achado com essas características, porém a fonte não menciona onde nem quando. Naquela época a mutação parecia estar restrita a gatos brancos de pelo longo. Existem então referências a gatos com orelhas dobradas anteriores ao ano de 1961, quando a história recente da raça Scottish Fold se inicia na Escócia através de uma gata branca de orelhas dobradas. Seria então coincidência que os primeiros Folds na Escócia eram brancos como os gatos que haviam sido mencionados antes e que a arte oriental também mostrava gatos brancos com orelhas caídas? Não se pode ter certeza, mas marinheiros na realidade velejavam por todo o mundo. Essas histórias ainda persistem e a idéia de uma mutação natural e espontânea aparecendo de tempos em tempos parece merecer alguma credibilidade.

A história recente do Scottish Fold é muito interessante e intrigante. O primeiro gato Scottish Fold oficialmente conhecido foi a fêmea branca Susie, descoberta por acaso em 1961 por McCrae em sua fazenda em Coupar Angus, na região de Tayside, na Escócia, daí o nome Scottish. De acordo com o site ‘A Dart to the Heart’, nesse dia em 1961, o pastor William Ross em sua caminhada até sua casa, parou perto da casa do vizinho para descansar um pouco e viu um gato branco brincando no quintal. O tal gato nem reparou em Ross. Mas havia algo de diferente no tal gatinho: as orelhas eram dobradas para a frente! Na realidade, o gatinho era uma gata branca comum com o tipo característico da região. Suas orelhas eram dobradas para baixo e para a frente, formando uma espécie de boné na cabeça redonda. Sua carinha parecia a de coruja ou a de lontra ou ainda com o de um coelho que tem as orelhas caídas (lop-ear rabbit).
William Ross e sua esposa, Mary, tinham uma pequena criação de gatos. Eles tinham uma siamesa e, embora não fossem a exposições felinas, eles criavam e de vez em quando vendiam filhotes siameses. Quando Ross contou a sua esposa o gato diferente que havia visto no quintal do vizinho, Mary ficou intrigada. Não sossegou enquanto não foram fazer uma visita a McCrae, que não soube dizer nada sobre a origem da tal gatinha branca, mas prometeu que se ela tivesse algum dia algum filhote de orelhas dobradas daria um a eles. Vinte e cinco anos mais tarde, numa casa de repouso na Escócia, Mary Ross disse: “Eu não tenho a menor idéia de como aquelas pessoas vieram a ter aquela gata. Nós demos a ela o nome Susie. Ninguém conhecia a mãe dela, nem o pai, nem se eles tinham as orelhas retas ou dobradas”. 




Um ano depois da visita dos Ross, Susie acasalou com um gatinho local de origem ignorada e teve um casal de filhotes, ambos com orelhas dobradas. Os McCraes deram o machinho para uns amigos, que o castraram e o mantiveram como animal de estimação. Deram a gatinha para William e Mary Ross. Ela tinha a pelagem branca e curta, como a da mãe dela. Os Rosses colocaram o nome dela de Snooks.

Três meses mais tarde Susie morreu atropelada por um automóvel na estrada na frente da casa dela. “Felizmente Snooks foi uma ótima mãe e teve muitos filhotes”, disse Mary Ross. Ela cruzou um ano mais tarde com um macho vermelho tigrado e teve somente um filhotinho, "Snowball," que acasalou com uma gatinha branca British Shorthair , “Lady May”, comprada pelos Rosses. Desse acasalamento nasceram cinco filhotinhos, todos de orelhas dobradas. Aí começa então a linhagem dos Scottish Fold, a base de uma nova raça. Todos os gatos Scottish Fold são descendentes das gatinhas Susie e Snooks. Os Rosses então registraram seu gatil como Denisla (nome que veio dos rios da região: Den e Isla, que corriam bem próximos à sua casa) em 1966 no Governing Council of the Cat Fancy (Conselho Gestor dos Criadores de Gatos - na Grã-Bretanha). William Ross então começou a freqüentar exposições de gatos para ver se poderia haver alguém interessado em gatos com orelhas dobradas. Um juiz disse a ele para contatar Patricia Turner (Pat), uma londrina com diploma do Royal College of Arts, com inesgotável energia e interesse integral em criação de gatos e genética felina. “Os Rosses me escreveram no início de 1967”, Turner se lembrou. “Naquela época eles ainda preferiam o nome lop-eared, pois os gatinhos lembravam os coelhos de orelhas caídas (lop-eared rabbits). Eu fiz uma visita a eles para checar seus gatos e trazer um para minha casa para experimentação através de acasalamento”. Depois o nome da raça foi trocado para Scottish Fold. Pat levou para casa em Londres o Scottish Fold branco Snowdrift, que acasalou com a gatinha branca de olhos azuis British shorthair que ela tinha. Nos 3 anos seguintes, Pat supervisionou o cruzamento dos gatinhos fold com gatos British shorthair e gatos domésticos comuns e o nascimento de 76 filhotes - 42 dos quais com orelhas dobradas e 34 com orelhas retas. Junto com Peter Dyte, um outro criador de British shorthair e geneticista, descobriram que a mutação do gene responsável pela dobra das orelhas era dominante. Isto significa que se um gatinho herda o gene de um dos pais para orelhas retas e do outro para orelhas dobradas, ele terá orelhas dobradas. Eles também descobriram que as gatas originais, Susie e Snooks, carregavam o gene do pelo longo, que deu origem ao Scottish Fold Longhair ou Highland Fold, sobre o qual falaremos adiante.

Susie, a gatinha fold original, tinha somente uma dobra nas orelhas. As pontas caíam para a frente até a metade das orelhas. Hoje em dia, as dobras podem ser simples, duplas ou triplas. 




Os gatos Scottish Fold foram criados na Europa com um só propósito – preservar uma mutação rara. Vários criadores estavam interessados em desenvolver e preservar os Scottish Folds, porém alguns problemas começaram a preocupar o Governing Council of the Cat Fancy (GCCF - Conselho Gestor de Criadores de Gatos) na Inglaterra. Os registros desses gatos haviam sido aceitos em 1966, porém não foram mais a partir de 1971. Como o GCCF estava preocupado com os boatos de um possível aumento de infecções de ouvidos e surdez nesses gatos (mais tarde foi provado que os boatos eram infundados) assim como prováveis problemas genéticos na criação dos Scottish Folds, decidiu cancelar os registros dos Scottish Folds na Inglaterra. O último Fold registrado foi da gatinha Denisla Morag. Por causa disso, até hoje os gatos Folds ainda não podem ser registrados em algumas entidades da Grã Bretanha e da Europa.

As notícias a respeito de uma nova raça de felinos na Escócia (Reino Unido) geraram curiosidade em alguns países. No auge da discussão, em 1970, o Dr. Neil Todd, geneticista pesquisador do laboratório Carnivore Genetics Research Center, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, recebeu de Mary Ross três fêmeas folds, filhas de Snooks (Denisla Judy, Denisla Joey, e Denisla Hester) para estudo. Como o Dr. Todd estava organizando um grupo de gatos para estudos sobre mutações genéticas, esses gatos não se destinavam à reprodução. Mesmo assim, as gatinhas Joey e Judy tiveram duas ninhadas. Logo em seguida, quando o Dr. Todd terminou o projeto com os folds, os gatos foram vendidos ou dados a várias pessoas que haviam manifestado desejo de ficar com eles, inclusive alguns membros da CFA (Cat Fanciers’ Association), que deram filhotes para outros e assim sucessivamente até que puderam ser registrados pela ACA (American Cat Association) em 1973, ACFA (American Cat Fanciers Association) e CFA (Cat Fanciers Association) em 1974. TICA (The International Cat Association) foi a primeira associação de felinos a reconhecer o Highland Fold (Scottish Fold de pelo longo) para competições na temporada de 1987-88 e a CFA em 1993-94. Embora os Rosses tivessem tido que abandonar a criação dos Folds em seu próprio país, eles são considerados nos Estados Unidos como fundadores da raça Scottish Fold.

Salle Wolf Peters, uma conhecida criadora da raça Manx, adquiriu a gatinha Hester da doutoranda Lynn Lamoreux, aluna do Dr. Todd. Daí a primeira criadora de Scottish Folds começou seu longo envolvimento com a raça. Em 1972 um dos filhotes da gatinha Hester, a fêmea Fold de nome Martina Shona, foi para Briony Sivewright, no estado americano de Utah, onde participou de uma exposição felina pela primeira vez. Numa subseqüente exposição da CFA, Briony Sivewright (proprietária de Martina Shona) conheceu Ann Kimball e Karen Votava. A gatinha Martina Shona voltou para Salle Peters e acabou produzindo mais Scottish Folds. Karen Votava havia adquirido Mr. Morgan LeFaye, um macho cameo tabby que, com a gatinha Doonie Lugs, se tornou a base do Gatil Bryric. Bryric é um dos primeiros gatis em qualquer pedigree de gato Fold e até recentemente ainda criava gatinhos de qualidade.

Como mais e mais criadores se interessavam por este gato tão charmoso, iniciou-se um movimento para que eles fossem reconhecidos pela CFA (Cat Fanciers’ Association – Associação de Criadores de Gatos). Em 1974 Bobbie Graham (Gatil Bobette), Salle Wolf Peters (Gatil Wyola), Karen Votava (Gatil Bryric) e outros tomaram a iniciativa de seguir os procedimentos necessários para, na época conseguir o que foi chamado de um ‘registro experimental’. Os procedimentos foram seguidos e questionários preenchidos por veterinários e cientistas que estavam estudando os Folds. Foram feitos e mantidos registros cuidadosos com relatórios sobre cada gato e suas ninhadas.

Naquela época sabia-se muito pouco sobre essa mutação natural que resultava nas orelhas dobradas. No início da década de 1970, o Dr. Oliphant Jackson, um geneticista inglês, publicou um relatório afirmando que os gatinhos Folds poderiam desenvolver uma doença óssea já que raios X dos Folds começaram a mostrar lesões ósseas. Segundo o relatório, a decisão tomada contra essa doença foi de utilizar gatos de outras raças para restaurar a saúde original dos Folds. De acordo com o relatório do Dr. Jackson, não havia deformidades ósseas reportadas antes dos anos 70. Cientistas e criadores imaginaram que talvez esses problemas ósseos pudessem estar sendo causados por cruzamentos dentro das mesmas famílias genéticas (consangüinidade) em vez de pensarem que a doença pudesse ser causada pelo próprio gene das orelhas dobradas.

Originalmente, muitos Folds tinham caudas curtas, que eram mais rígidas. O Dr. Rosemond Peltz, primeiro consultor genético para os criadores da associação de American Scottish Fold, previu que “nas próximas gerações o defeito indesejável poderia ser diminuído através de um sistema de acasalamentos que fosse bastante cuidadoso”. Com o conhecimento advindo do estudo de Jackson, os criadores começaram a utilizar mais cruzamentos com outras raças para aumentar a diversidade genética. Isso acabou produzindo gatinhos com caudas mais longas e flexíveis, daí as caudas curtas e as lesões ósseas começaram a desaparecer. Em janeiro de 1976, o livro de acasalamentos fechou para todas as raças extras utilizadas no cruzamento dos Folds exceto para o American Shorthair e o British Shorthair. Hoje em dia, sabe-se que o acasalamento com outra raça é crucial em qualquer programa de criação de Scottish Fold.

Sem a ajuda e a generosidade dos criadores de American e British Shorthair que compartilham seus lindos gatos com os criadores de Scottish Fold, essa raça poderia ter sido extinta, o que seria uma perda lastimável para o mundo felino e todos os admiradores da raça. Num julgamento ou concurso de exposição, há um peso maior em termos de pontos para a cauda de um Fold do que em qualquer outra raça. Uma das perguntas que se deve fazer ao se comprar um gato dessa raça é se a cauda é flexível. Num programa saudável de criação de Scottish Fold, gatinhos de orelhas dobradas devem acasalar com gatinhos de orelhas eretas das raças American Shorthair ou British Shorthair, o que virtualmente elimina o problema de uma cauda rígida. Acredita-se que o gene que causa a dobra das orelhas seja um gene dominante incompleto. Desde o tempo do primeiro estudo realizado pelo Dr. Oliphant Jackson, a ordem de acasalar orelhas dobradas com orelhas retas ou cruzamentos com outras raças tem sido enfatizada e isso continua até hoje.

Voltando então à Inglaterra, devido ao cancelamento de registro de gatos da raça Scottish Fold pelo GCCF e também devido aos estudos do Dr. Jackson 1975, o programa de criação da nova raça estava rapidamente diminuindo. Mary Ross enviou então um pedido de ajuda a ISFA (International Scottish Fold Association – Associação Internacional de Scottish Fold) dizendo que além dela somente uma outra pessoa criava os folds na Europa. Eles estavam então em extinção na Inglaterra e ela estava pedindo ajuda aos criadores dos Estados Unidos. A resposta veio rapidamente e ao final da década de 1970, várias pessoas já tinham abraçado a causa dos Scottish Folds: Jean Grimm (Gatil Furrytails), Lois e Clark Jensen (Gatil Jensen), Pat Dreifuss (Gatil Beachmor), Shirley Norquist (Gatil Kangaroo), para mencionar alguns, já tinham iniciado um programa de criação.

Em maio de 1977 os Scottish Folds já tinham adquirido um status provisional na CFA. Os pedigrees da época mostram que algumas raças foram utilizadas originalmente para aumentar a diversidade genética e trazer o gato de volta ao seu status original de gato saudável e forte. Os gatos Scottish Fold de hoje vivem bastante tempo, alguns alcançando os 19 anos de idade e muitos deles ainda competem apesar de terem mais de 10 anos. A idéia errada de que os Folds ficavam aleijados quando envelhecessem provou ser realmente errada. O ano de 1978 foi um ano de vitória para os Scottish Folds: eles receberam status de campeões! Jensen Minnie Pearl se tornou o primeiro Scottish Fold Grande campeão em 1979. “Minnie” foi o primeiro gato a ser escolhido o Melhor da Raça.

Em 1993 os Scottish Folds de pelo longo (Highland Folds) foram reconhecidos e receberam status para participar de Campeonatos. Esse esforço foi bem sucedido em grande parte devido ao trabalho de Sue Thompson, secretária para a raça Scottish Fold na CFA, e seu marido Bruce. Dois anos mais tarde, em 1995, Junerose Wilkerson levou para a exposição o lindo exemplar de pelo longo e branco, GC, NW B4 Snow B-Ear-Y of Sweetums.

O Scottish Fold retornou à Europa no início da década de 1980: 1982 na França, 1983 na Alemanha e 1984 na Bélgica. Porém, apesar dos esforços de muitos criadores, essa raça é ainda muito pouco conhecida na Europa e muito menos ainda em seu país de origem. No entanto, graças à persistência de alguns poucos criadores, que foram quase que discriminados pelas confederações felinas, os Folds puderam participar de exposições no Reino Unido e alguns foram até parar na Escandinávia. Alguns proprietários de Folds da Itália formaram há pouco tempo seu primeiro clube. Infelizmente a Assembléia Geral da FIFe em 2003 decidiu banir os Folds de exposições da FIFe na Europa a partir de janeiro de 2004. Nenhum criador foi consultado e muito menos um prazo razoável foi dado para que se preparasse uma defesa contra os argumentos antigos que se propunham a respeito da saúde da raça. De acordo com algumas fontes, haveria uma campanha oculta patrocinada por partidários de uma outra raça minoritária que estavam tentando a execução pública dos Folds, ao mesmo tempo em que ignoravam o gene letal de sua própria raça. O resultado disso é que por muito tempo o Scottish Fold tem sido considerado uma raça Americana, apesar de suas origens escocesas. 




 O uso de Exóticos e Persas em acasalamentos com o Scottish Fold se tornou muito comum nos Estados Unidos depois dos anos 80, mas não tão freqüente no Reino Unido que tem um número muito pequeno de criadores. Talvez seja esta a razão pela qual os Folds britânicos não apresentam defeitos que muitas vezes aparecem no grupo dos Persas. 

Quem quer ter muitos prêmios em exposições não deve criar Scottish Folds. Uma vez que a mãe ou o pai dos gatinhos tem que ter orelhas retas, as chances de produzir um Fold numa ninhada são somente de no máximo 50%. Isto quer dizer que cada ninhada terá uma produção de menos de 50% de gatinhos Fold. Alguns gatinhos terão orelhas retas e talvez um gatinho só tenha orelhas dobradas, porém não no padrão que lhe dê um prêmio numa exposição. Trata-se de um trabalho de muito detalhe para criadores que tenham muita paciência e saibam esperar, muitas vezes alguns anos até ter os resultados esperados. Depois que a ninhada nasce, há ainda que se esperar pelo menos 21 dias, para as orelhas começarem a dobrar – ou não. Algumas vezes as orelhas parecem que vão dobrar, deixando o criador na dúvida, pois elas iniciam o movimento para baixo, mas se voltam para cima e acabam ficando retas. Nesse ‘movimento’ de vai-não-vai, parece que o gene está presente, mas não se manifesta, porém a dúvida persiste: é portador ou não de gene? Agora a gente reconhece que esses gatinhos têm que ser tratados da mesma forma do que aqueles que têm orelhas dobradas. Na realidade parece que o gene das orelhas dobradas possa também estar presente nos gatinhos de orelhas ditas ‘retas’. Isso é crucial se saber para poder evitar más formações ósseas. No passado, os gatinhos de orelhas retas eram chamados de ‘straight’ para indicar que as pontas das orelhas apontavam para cima. Estamos agora aguardando o dia em que poderemos identificar um marcador genético para a orelha dobrada através de uma amostra de sangue ou de saliva. Os gatinhos de orelhas retas desempenham um papel fundamental em qualquer programa de criação do Scottish Fold, eles são companheiros maravilhosos e sempre embaixadores da raça.

Para a terminologia, diferentes associações e confederações consideram o gatinho de orelhas retas ou eretas que nasce de pai ou mãe fold como Scottish Straight enquanto outras confederações o consideram como British Shorthair.


Curiosidades:

Muitos gatinhos Scottish Fold têm o hábito curioso de se sentar ou deitar em posições muito estranhas – de barriga para cima, sentados como ‘Budas”, esticados no chão com a barriga para baixo, e aqui no gatil têm também a mania de cruzar as patas. 


Acasalamento

De acordo com a literatura médico-veterinária, o acasalamento de gatos de orelhas dobradas com gatos de orelhas retas não produz doenças ósseas. Desta forma e com o reconhecimento de algumas confederações internacionais, os gatos Scottish Fold somente podem se acasalar com gatos das raças British Shorthair e American Shorthair para que os gatinhos tenham registro (pedigree). Scottish Straights (filhos de Fold com orelhas retas) são muitas vezes registrados como British Shorthair ou American Shorthair. Um gatinho que seja filhote de dois folds mostra sinais de doença óssea entre 4 e 6 meses de idade. O pior sintoma é o enrijecimento e a fusão óssea das articulações da cauda do gatinho, tornozelos e joelhos. Embora esta deformidade óssea não tenha cura e cause problemas de locomoção ao gatinho, não causa sua morte e pode ser administrada. Entretanto, o recomendado é não haver o acasalamento entre folds. O criador consciente e criterioso não deverá promover esse tipo de acasalamento tendo em mente sempre o aperfeiçoamento da raça e, especialmente, a manutenção da saúde dos gatinhos.



Embora seja considerada uma raça à parte por muitas confederações felinas internacionais, o gato Highland Fold, nada mais é do que o gato Scottish Fold com pelo semi-longo, ou melhor, um British longhair com orelhas dobradas uma vez que Highland Folds somente podem se acasalar com gatos British shorthair ou longhair. O pelo semi-longo é mais raro e foi reconhecido pela gatofilia posteriormente ao da pelagem curta.
Os gatos Highland Fold têm as mesmas características dos Scottish Fold, exceto em relação à pelagem, que é semi-longa. Eles demoram cerca de dois anos para atingir a maturidade especialmente os machos. Uma outra característica é ligada à cor dos olhos, que mudam muito vagarosamente e algumas vezes até chega a ser difícil determinar se a cor dos olhos corresponde à cor da pelagem.
Nos Estados Unidos, o Highland Fold foi reconhecido pela TICA em 1987-88 e pela CFA em 1993-94. O reconhecimento do Highland Fold em 1993 com participação aceita para disputar Campeonatos ocorreu graças ao trabalho de Sue Thompson, secretária da raça Scottish Fold na CFA, e seu marido Bruce. Dois anos mais tarde, em 1995, Junerose Wilkerson levou para a exposição o lindo exemplar de pelo longo e branco, GC, NW B4 Snow B-Ear-Y of Sweetums.
Fontes:
Fontegatilcatplace.com

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