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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os primeiros dias dos Filhotinhos



Eles acabaram de nascer e já precisam passar por um batalhão de exames e vacinas, além de aprenderem a conviver com uma nova família.
 Isso não vale só para os cachorros. Os gatos, mesmo parecendo mais independentes, também precisam da mãe até mais ou menos 20 dias. “Os cães e gatos usam o calor da mãe para se aquecerem. Como eles não têm controle do intestino, a mãe estimula a evacuação com lambidas e massagens”, complementa Bianca Ricci Borba, médica veterinária do Hospital Veterinário Batel.
Por natureza, as fêmeas são boas mães e ficam sempre próximas dos filhotes. “Só existem casos de rejeição relacionados com malformação do recém-nascido”, pontua Milena. O cuidado da mãe, no entanto, não dispensa a atenção dos donos. Há momentos em que a fêmea descuida e acaba deixando os filhotes sozinhos. Para não correr o risco de eles passarem frio, o indicado é deixá-los em uma caixa fechada dos lados e com pelo menos 20 centímentos de altura.

Todo cuidado é pouco

Logo depois de nascer, os pequenos precisam passar por um check-up. “Verificamos problemas de malformação, como está o cordão umbilical e o desenvolvimento do filhote”, conta Michelle Gandra, médica veterinária proprietária da Clínica Veterinária Gandra.
Aos 15 dias é feita a primeira desverminação, ainda em casa. Com um mês, a segunda dose do vermífugo é aplicada na clínica. “Aproveitamos para fazer uma avaliação clínica e agendar a primeira vacina, que será aplicada com 45 dias”, explica Milena. Outras duas doses da vacina serão aplicadas a cada 30 dias. A rotina termina com a imunização contra raiva, obrigatória, feita aos 4 meses.
Com os gatos é a mesma coisa. A primeira desverminação é com 15 dias e a segunda dose 15 dias depois. “O diferente é que a vacinação começa com 60 dias completos”, diz Bianca.
A vacina canina pode ser óctupla ou déctupla – prevenir contra oito ou dez doenças. Nos gatos, existem as vacinas quíntuplas e quádruplas. O preço varia entre R$ 60 e R$ 90 e a escolha deve ser feita com o auxílio de um veterinário.
Durante o processo de imunização, os filhotes não podem sair de casa nem tomar banho. “Qualquer alteração deve ser comunicada, principalmente se o animal não está se alimentando corretamente ou teve diarréia”, comenta Bianca.

Alimentação e aleitamento 

Na primeira semana de vida, o leite da mãe é essencial para a sobrevivência do filhote. “Se acontecer de a mãe ter pouco leite, antes de pensar em introduzir alimentos complementares tentamos estimular a produção com medicamentos”, aponta Michelle. Caso a complementação seja realmente necessária, o indicado é procurar leite em pó para uso veterinário ou para bebês recém-nascidos. “O leite de vaca é muito pesado, pode dar diarréia”, alerta a veterinária.
O desmame dos cachorrinhos começa por volta dos 30 dias, quando já é possível dar ração para filhote amolecida em água morna. Com 45 dias, o cãozinho já consegue comer a ração seca. Os gatos podem começar a comer ração umedecida com um mês e meio e alimento seco por volta de dois meses.
Em média, os animais vão consumir ração de filhotes até um ano de idade, quando a maioria já começa a ser considerado adulto. “Os cães de grande porte continuam se alimentando com ração de filhotes até um ano e meio”, diz Milena. Se for preciso trocar de ração, a mudança deve ser feita aos poucos.





Conheça as fases dos filhotes de cães e gatos:
de 0 a 15 dias

Não são capazes de manter a temperatura corporal nem de se alimentar sozinhos. Por isso, não podem ficar mais de duas horas sem a mãe. O único sentido que eles já têm é o faro. Os olhinhos, ainda fechados, abrirão por volta dos 12 dias. 

de 15 a 30 dias

Antes eles só rastejavam, agora já enxergam e conseguem andar. É hora de descobrir novos lugares e explorar o ambiente. É bom ficar de olho em filhotes fujões, eles ainda não fazem a termorregulação e dependem da mãe para se alimentar. 

de 30 a 45 dias

Os gatinhos continuam bem próximos às mães até os 60 dias, mas os cães começam o processo de desmame. Nesta fase, os pequenos já fazem bagunça. É hora de partir para as lições de disciplina.

Diferentes
Ter filhotes de répteis, aves ou pequenos mamíferos em casa requer uma série de cuidados específicos. Confira: 

Posse responsável 

Um filhote de réptil ou ave pode durar muitos anos. Antes de comprar, é bom lembrar que nem sempre esses animais interagem com os donos. Mesmo os pequenos mamíferos não são tão domesticados quanto cães e gatos.

Ninhada em casa 

Qualquer criação de animal silvestre precisa ser registrada no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Os pequenos mamíferos são mais independentes. Procriam rapidamente, as próprias mães cuidam do aleitamento e, por volta de 20 dias, já passam a comer ração. 

Emergência

Existe um alto índice de mortalidade entre os pequenos animais. A fragilidade é ainda maior em filhotes. Se o animal está mais quieto, sofreu alguma queda ou não está se alimentando bem, é preciso procurar um veterinário com urgência. 

Fonte: Wendi Flávia Caetano, médica veterinária do Cevet/Centro Veterinário.
 Érika Toriyama, zootecnista e professora do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage). 
gazetadopovo.com.br

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