Em épocas nas quais a sociedade intensifica o uso de fogos de artifício, rojões, bombas, cornetas, buzinas, apitos e carros de som, os animais sofrem tremendamente. Há muitos registros de fugas e mortes de cães e gatos. Por isso, é fundamental conhecer seus animais, avaliar o comportamento deles diante do excesso de ruídos e protegê-los.
Cães e gatos tem audição bem mais desenvolvida do que os humanos e suas orelhas móveis captam sons provenientes de todas as direções. Eles percebem sons de frequências inaudíveis para as pessoas (alta frequência e baixos volumes). Um barulho audível para um humano a 4 metros de distância pode ser percebido por um cão a 25 metros.
O drama envolvendo fogos e animais vem à tona em várias épocas do ano, mas infelizmente as pessoas não tomam providências básicas e seus cães e gatos, machucam-se gravemente, morrem ou se perdem para sempre. Antes de tudo, é fundamental manter coleira com plaqueta de identificação no pescoço de seus animais, em todas as épocas do ano e, mais ainda, quando os ruídos intensificam-se. Na plaqueta deve constar o fone atualizado da família, com DDD da cidade, principalmente se o animal é levado para casas de campo ou praia.
Outra dica valiosa é observar com atenção o comportamento de seu companheiro de quatro patas – algumas famílias possuem vários cães (ou gatos) e cada um reage de forma diversa aos barulhos intensos. O estampido repentino, de um rojão ou trovão, pode ser compreendido como perigo por um cão e, instintivamente, ele reagirá tentando fugir ou agredindo a “ameaça”.
Proteção extra
Em momentos festivos e de comemorações tradicionais, as famílias adotam comportamentos próprios – em algumas casas, muitas pessoas reúnem-se para o réveillon, Natal, para curtir jogos de futebol em finais de campeonato ou na Copa do Mundo. Nessas situações, a presença de animais de estimação deve ser considerada e a proteção deles pensada com antecedência.
Em momentos festivos e de comemorações tradicionais, as famílias adotam comportamentos próprios – em algumas casas, muitas pessoas reúnem-se para o réveillon, Natal, para curtir jogos de futebol em finais de campeonato ou na Copa do Mundo. Nessas situações, a presença de animais de estimação deve ser considerada e a proteção deles pensada com antecedência.
Mesmo cães e gatos bem adaptados à presença de estranhos, podem reagir mal ou fugir, num momento festivo, quando é menor o cuidado com portas ou portões, propiciando fugas. Considere a possibilidade de manter o animal em um local mais protegido ou dentro de casa, se a festa acontecer no quintal. Isso evita ainda que os animais, cães principalmente, comam alimentos diversos de sua dieta rotineira, provocando sérios problemas gástricos.
Portanto, antes da festa ou de alguma comemoração ou jogo de futebol considerado relevante na cidade ou no País, como a Copa do Mundo, estude a melhor forma de proteger seu cão (ou gato). Perceba onde ele se sente mais calmo e à vontade – se num quarto da casa, por exemplo, e prepare o local para receber o animal.
Alguns gostam de casinhas, outros cabaninhas. Certos cães sentem-se protegidos sob u edredon, debaixo ou em cima da cama. O ambiente pode contar um aparelho de som reproduzindo músicas suaves, além brinquedos. Recomenda-se, ainda, colocar algodão nos ouvidos do animal, com muito cuidado para não machucar, bem como manter janelas e portas de sacada bem fechadas.
Se os cães são grandes e normalmente permanecem no quintal, em seus canis, redobre o cuidado com correntes ou cordas para que eles, num momento de desespero, não se enforquem. Alguns cães chegam a escalar e pular muros altos para “fugir” de fogos e outros barulhos intensos, como os trovões ou a queda de granizo durante tempestades.
Evite a solidão
Deve-se evitar deixar animais sozinhos na casa, quando barulhos intensos são previstos, principalmente cães e gatos com problemas crônicos de saúde (cardíacos, epiléticos). Se você não tem como permanecer com seu cão ou gato, tente providenciar um local onde onde o animal possa ficar em segurança e em companhia de pessoas que ele goste – casa de familiares, amigos ou até uma hospedagem.
Detalhe; para não deixar o animal sozinho, não vale leva-lo para o foco do barulho – uma comemoração na avenida ou praça da cidade. Também não leve seu cão para assistir queimas de fogos ou manifestações onde haja apitos, buzinaços ou caminhões de som. Bom senso é fundamental.
Medicação e florais
Na tentativa de proteger seus cães e gatos, tome muito cuidado com “receitas caseiras”, principalmente envolvendo o uso de medicamentos de uso humano ou animal. Se o veterinário que cuida do animal de seu amigo receitou um medicamento, não necessariamente o mesmo produto servirá para o seu cão ou gato. Mais cuidado ainda com “poções milagrosas” fartamente divulgadas em redes sociais.
Bons resultados têm sido obtidos com o uso de florais, mas estas substâncias devem ser formuladas por especialistas que indicarão com precisão a forma de administração e dosagens adequadas para cada animal. Algumas pessoas fazem uso até de sedativos em seus cães, e além de efeitos colaterais imprevistos, se a dose for excessiva, o animal poderá morrer.
Portanto, o velho conselho – infelizmente pouco seguido por tantos proprietários de animais – continua valendo: converse com o médico veterinário. E se o cão ou gato está recentemente com a família, procure observá-lo para criar rotinas em relação a comemorações. Filhotes, principalmente, podem ser mais facilmente condicionados.
Por fim, vale lembrar que apesar da existência de leis, a quase totalidade das cidades é bastante permissiva com a venda e uso de rojões e bombas. É importante não comprar e nem usar tais artefatos e tentar conscientizar amigos e parentes. Ajude a proteger cães e gatos de sua casa e dos vizinhos, e mesmo os animais comunitários ou em situação de rua.
Além disso, animais de vida livre sofrem muito durante essas comemorações, bem como outros pets mantidos em casa, principalmente as aves. Curta muito os jogos de futebol, o réveillon ou as festas juninas, sem causar prejuízos a outras vidas.
Fonte:encrenquinhas.com.br