Eles têm cara de rato - mas são menores, mais graciosos e, se você prestar atenção, nada assustadores. Os roedores
que costumam ser vendidos como animais de estimação são,
principalmente, o hamster, o camundongo, o rato branco de laboratório e o
gerbil, ou esquilo-da-mongólia. Sua criação em cativeiro é permitida pela lei brasileira.
Embora pequeno, o risco de mordidas existe. "Mas isso só se alguém
mexer com eles de maneira brusca ou quando estão dormindo. Em geral são bichos muito dóceis",
tranqüiliza o veterinário Rodrigo Teixeira, de São Paulo. "O ideal é
que um adulto supervisione as brincadeiras da criançada para evitar
esses acidentes."
A veterinária Cynthia Carpigiani, de São Paulo, ressalta a importância de cuidados simples.
"Evite colocar o roedor muito próximo do rosto e lave bem as mãos após
seu manuseio ou a limpeza do cativeiro." Seja qual for a espécie que
você pretende criar, providencie uma gaiola grande, equipada com uma
pequena casa que sirva de abrigo, além de comedouro, bebedouro e até uma
roda de acrílico para que possa se exercitar. E instale essa morada em
um local protegido de umidade, sol e correntes de ar.
A alimentação deve ser à base de ração peletizada - que já vem
balanceada - e pode ser complementada com frutas e legumes, como
cenoura. "Os roedores têm dentes de crescimento contínuo que precisam
ser desgastados", ensina a especialista Cristina Fotin, de São Paulo.
"Por isso devem roer alimentos duros ou pedras de cálcio diariamente",
dá a dica.
As visitas ao veterinário têm que ser anuais, a menos
que você note sintomas como sonolência persistente, pêlo arrepiado e
secreção nos olhos ou no nariz, que podem indicar doenças tão variadas
quanto uma simples alergia ou um tumor. "Um último aviso: jamais deixe
dois machos juntos", diz Cristina. "Eles costumam brigar e se machucar
seriamente", justifica. "Se a idéia é ter mais de um bicho, compre
somente fêmeas."
Esses bichinhos transmitem doenças?
São raros os casos em que um desses animais domésticos transmite
doenças para o ser humano. Mas, claro, em tese o risco existe. O
veterinário Roberto Fecchio, de São Paulo, elenca algumas: leptospirose,
raiva, hantavirose, salmonelose. Todos esses males são graves. Por isso
só adquira um roedor de lojas especializadas, capazes de garantir sua
procedência e de lhe assegurar que todos os cuidados de higiene foram
tomados antes de ele se mudar para a sua casa.
Fonte:/mdemulher.abril.com.br
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