Gatos são tidos como animais reservados, cautelosos, misteriosos. Se aproximam das pessoas quando vêem oportunidade de ganhar, se não, ficam distantes. E se dissermos que parte dessa “timidez” pode ser gerada por medo?
Gatos podem, sim, ser medrosos e, por causa disso, ter dificuldades de se relacionar com pessoas, outros animais e até objetos. As orientações a seguir podem ajudar você a lidar melhor com seu gatinho medroso.
Primeiramente, devemos pensar na
prevenção de problemas. Portanto, se você acabou de adotar ou comprar um
filhote, você deve começar a sociabilização deste animalzinho. Ou seja,
expor o bichano a diversos estímulos (sons, objetos, pessoas, crianças,
cães, outros gatos), associando-os com um alimento bem saboroso ou um
carinho, e ele aprenderá a se sentir mais confortável diante de
situações novas.
Para evitar traumas e por consequência, um gato
medroso, evite estímulos muito exagerados, como barulhos altos, pessoas
estranhas querendo tocar o gatinho, objetos grandes e muito próximos ao
pet.
A ideia é apresentar gradualmente os estímulos, para que o felino
ganhe confiança. Manipule bastante e faça carinho no filhote. É
comprovado que manipulação precoce diminui as chances do gato se tornar
medroso.
Agora, se você já tem um gato medroso, a
primeira providência é determinar exatamente qual o causador do medo –
outro gato, uma criança, um barulho, um objeto… Devemos evitar expor o
gatinho a essa situação fora dos treinos, para não traumatizá-lo.
O
treino deve começar providenciando um refúgio para o bichano – uma caixa
de transporte – e ensinando o gatinho a descansar lá dentro.
Coloque lá
dentro rações, petisquinhos, brinquedos, um sachê com Catnip (erva que
entretém gatos sensíveis ao princípio ativo, fazendo com que brinquem e
relaxem) para que o gato se interesse em entrar na caixa..
Adaptado o refúgio, o felino deverá
estar dentro dele sempre que for apresentado ao estímulo, porém a uma
distância onde ainda não demonstre apreensão ou susto.
Assim, devemos
recompensar o bichano com um alimento saboroso, sem forçá-lo a entrar em
contato com o estímulo. Diminuímos cada vez mais a distância entre o
gato na caixa e o estímulo, até que possamos abrir lentamente a porta da
caixa e ele tenha interesse em sair.
Se o medo for de pessoas entrando em
casa, podemos também entreter o felino com brinquedos e alimentos, e
recompensá-lo enquanto as pessoas se aproximam. Outra atitude benéfica é
fazer refúgios no próprio ambiente, para que o gatinho medroso possa se
esconder e sentir-se seguro.
Gatos gostam de observar as situações do
alto, e se sentem mais confiantes nesses locais, portanto, colocar
prateleiras no alto, com caixas ou lugares onde o bichano possa entrar
quando precisar sair de cena. Isso ajuda muito o gato a lidar com
situações que considere perigosas, pois sente que tem uma “rota de
fuga”.
Se o medo for muito grande, outro aliado
é um produto chamado feromônio sintético, que pode ser comprado em
grandes lojas especializadas em produtos para animais. Esse produto tem a
função de exalar odores que similares aos produzidos naturalmente pelos
gatos, odores que transmitem tranquilidade e segurança.
Muitos gatinhos, apesar da terapia
comportamental e até do uso de medicamentos, podem não se tornar
totalmente aptos a lidar com situações estressantes e causadoras de
medo. Portanto, é importante visar a qualidade de vida do felino,
fazendo com que ele viva num ambiente calmo e seguro.
Fonte:guiauniversopet.com.br
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