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segunda-feira, 8 de julho de 2013

Cães Idosos e Bico de Papagaio




Na terceira idade, o animal está mais sujeito a apresentar problemas na coluna e o bico de papagaio é um dos mais comuns, principalmente se o seu cão for um cão que tem a coluna mais comprida que o comprimento das pernas, como o basset hound, o lhasa apso, o pequinês  ou se ainda ele é um cão de trabalho.

 O que chamamos de bico de papagaio na verdade são os osteófitos ventrais das vértebras, que podem aparecer desde a coluna cervical até a lombar. Os osteófitos são lesões do perióstio, membrana que reveste o osso,.

O bico de papagaio pode aparecer em qualquer vértebra onde haja inserção de ligamento de tendões e músculos onde ocorra tracção, mais amíúde na parte ventral e extremidade das vértebras.





 Essas trações dos tecidos moles (tendões e ligamentos) ocorrem em situações especiais:

Animais que anatômicamente apresentem uma solidificação maior da coluna, que são os animais de patas muito curtas em relação ao comprimento da coluna


Sempre que um quadrúpede anda, uma vez que sua coluna é horizontal, faz movimento para cima e para baixo, de flexão e extensão, permanente, a cada passo.

 Se o animal tem pernas curtas, o movimento tem impacto maior pois a dobra  da pata não promove o amortecimento do choque.

 Se a perna for mais alta, o amortecimento é maior e não ocorre esse impacto de um movimento de extensão a cada passo. Já se for curta, o impacto pode provocar, a longo prazo, uma periostite (inflamação do perióstio da região).





O bico de papagaio é doloroso, pois é um osso saindo da vértebra para os tecidos moles, inflamando-os, como se a espora fosse realmente um bico ferindo  a carne por dentro. À medida que os esporões vão crescendo, aos poucos eles podem agrupar-se, juntando o bico de papagaio de uma vértebra com a outra, formando uma espondilite, que deixa a coluna vertebral rígida, não permitindo o movimento entre uma vértebra e outra e causando muita dor, pois provoca uma inflamação dos tecidos muito intensa.

O animal pode ser operado caso se localize em uma região da coluna de fácil acesso cirúrgico e sua remoção consiste apenas em descolar o esporão do osso onde nasceu. Já em certos locais, como dentro da cavidade torácica, o acesso cirúrgico não é possível. O diagnóstico definitivo efetua-se  com ajuda de uma radiografia, que aponta exactamente o tipo de lesão que o animal apresenta.

 Pela lesão associada à observação e sintomas (físico e funcionais), o seu veterinário poderá tomar uma atitude, que pode ser a operação, caso o bico de papagaio possa ser removido, ou um tratamento médico e fisioterápico com calor e banhos, caso a lesão esteja localizada em local não operável.

Assim como o bico de papagaio, os processos inflamatórios crónicos doem mais no frio e seus sintomas ficam mais evidentes. Isso deve-se ao facto do calor provocar vasodilatações, que diminui o processo inflamatório.


Fonte: http://www.hospvetprincipal.pt

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