Todos acreditam que cães odeiam gatos e vice-versa, a crença desta inimizade natural entre eles não é verdade. O que acontece normalmente nos primeiros encontros, é apenas alguns "problemas de comunicação". Estes problemas ocorrem devido as diferenças entre cães e gatos....
Devido ao fato de cães e gatos reagirem diferentemente aos mesmos estímulos, ocorre estes desentendimentos pelo resto da vida deles. Vamos exemplificar estas diferenças. Quando um cachorro filhote vê um gato, dirige-se a ele com o intuito de brincar, abanando alegremente a cauda.
Para o gato, o abanar da cauda significa um sinal de agressão e de perigo eminente, e não de brincadeira, então ele abana a cauda para demonstrar e avisar o cachorro que não gostou da aproximação dele (o abanar da cauda de um gato nunca significa agrado, mas sim que ele pode atacar). O cão ao ver a cauda do gato balançando, interpreta como um sinal de amizade, de consentimento, e parte para cima, dando um cutucão com a pata como se dissesse: "anda, vamos brincar".
O gato então responde ao "ataque" levantando a pata para o arranhá-lo caso se aproxime novamente. Se o cão continuar, o gato pode arranhar-lhe o focinho, causando no cão uma aversão futura aos gatos, podendo correr atrás deles, brigando e muitas vezes matando-os.
Cachorros adoram perseguir tudo aquilo que corre e se move rapidamente. Um gato assustado não seria uma ótima brincadeira para um cão? Não faria aflorar a memória genética de seus ancestrais lobos, que caçavam coelhos e pequenos roedores? Esse é outro motivo pelo qual cães correm atrás de gatos, parecendo querer caçá-los. Mas só parecendo, porque mesmo os cães que chegam a matar gatos não os comem. Quando o 'brinquedo' pára de se mover, acabou a graça.
Cabe a nós evitar que esta perseguição e até mesmo a morte do gato aconteça, para isto temos que intermediar a "conversa" entre eles.
A primeira coisa a se fazer é controlar o entusiasmo inicial do seu cachorro.
Sabemos que o seu filhote de cachorro está apenas querendo brincar, mas o seu gato pode pensar de forma diferente. A tolerância que ele tem é muito limitada devido a maneira enérgica que o cão cumprimenta - cheira, lambe, cutuca, late… Não tardará muito para que ele tente uma retirada estratégica, sendo prontamente perseguido pelo seu cão.
Os cães gostam de perseguir pequenas criaturas. Para eles é um ato instintivo ou ate mesmo uma brincadeira. Cabe a você controlar este comportamento para que tudo corra bem. Se o seu cão estiver adestrado, mantenha-o sempre sentado ou deitado durante a apresentação.
Se não conseguir controlar o seu cão com comandos verbais ("Não", "Senta"), mantenha-o sempre preso. Se ele tentar atacar o gato pode borrifar um jato de água no nariz dele. Se ele parar de perseguir o gato elogie-o. Tenha também cuidado para que o gato não arranhe e magoe o focinho do cão.
A aproximação
A aproximação
Deves prender os dois, um de frente para o outro mas em local seguro, como por exemplo, o cão em uma corrente e o gato em uma caixa de transporte (evitando que este saia correndo e estimule a perseguição pelo cachorro). Inicie com uns 5 metros de distância entre eles e vá aproximando-os aos poucos, observe a reação deles a cada aproximação, mantendo-os "seguros" (onde o gato não entre em pânico e que o cão consiga controlar sua ansiedade e agressividade predatória), ofereça guloseimas e brinquedos a ambos para que se distraiam e relacionem o outro a algo prazeroso, acostumando-se com sua presença.
Quando o gato estiver brincando durante as seções (isto pode variar de semanas a meses) é porque já está se acostumando com a presença do cachorro, e está na hora de soltá-lo, mas o solte em um local pequeno, onde ele não possa correr e estimular o cão a perseguição. Com o tempo solte-o em ambientes maiores.
Deixe que o seu gato se aproxime do seu cão para satisfazer a sua curiosidade e investigar um pouco. Não se esqueça de manter sempre o cão sobre controle. O seu gato começará assim a ganhar confiança e a perceber que partilhar a casa com o novo amigo e que poderá não ser tão ruim como parecia.Se o seu gato tentar fugir não o impeça de o fazer. Não deve forçar o encontro entre os dois. Deixe as coisas correrem naturalmente, sem pressas. Certifique-se que o gato tenha um espaço seguro onde possa ficar fora do alcance do cão.
Na sua ausência, deve sempre mantê-los separados, deixando o seu gato em algum lugar seguro, com a sua caixa de areia, brinquedos e água e o seu cão num lugar igualmente confortável.
Sempre que acontecer uma interação positiva entre os dois, como por exemplo, o seu cão deixar o gato passar por ele sem o perseguir, elogie-o entusiasticamente. Uma outra dica é exercitar o seu cão com frequência (levando-o para passear ou brincando bastante com ele), isto pode contribuir para que ele se mantenha calmo quando está em casa e não tente perseguir o gato.
Na sua ausência, deve sempre mantê-los separados, deixando o seu gato em algum lugar seguro, com a sua caixa de areia, brinquedos e água e o seu cão num lugar igualmente confortável.
Sempre que acontecer uma interação positiva entre os dois, como por exemplo, o seu cão deixar o gato passar por ele sem o perseguir, elogie-o entusiasticamente. Uma outra dica é exercitar o seu cão com frequência (levando-o para passear ou brincando bastante com ele), isto pode contribuir para que ele se mantenha calmo quando está em casa e não tente perseguir o gato.
Se ocorrer situações em que o cão intimide o gato (olhar fixo, impedir a passagem, correr atrás dele, etc), o repreenda imediatamente, mas sem assustar o gato.
Não se esqueça que cada "amigdepatas" tem o seu temperamento, e que varia bastante, podendo haver uma intolerância maior por parte de certos cães ou gatos. No entanto, depois do período de adaptação, provavelmente eles se tornarão grandes amigos ou ao menos irão se tolerar.
Se tiver mais de um cão, tenha cuidado redobrado, devido ao fato de um cão poder estimular outro(s) a caça; assim como se tiver mais de um gato, deve ser apresentados individualmente, apresentando um gato a um cão de cada vez.
Tenha paciência!!
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