Os gatos são conhecidos por serem
“petisqueiros”. Se o alimento for deixado à disposição o gato realiza,
em média, 10 a 20 refeições diárias. Em cada refeição, consome cerca de 5
a 6 gramas, não despendendo mais de 1 a 2 minutos por refeição. No
total, um gato gasta menos de 30 minutos por dia com a alimentação. No
entanto, há gatos que têm um comportamento alimentar um pouco mais
voraz, como por exemplo o Siamês.
A apetência de um gato por um
determinado alimento não se resume à velocidade com que o ingere, nem ao
volume alimentar que consome. Podemos considerar que a apetência varia
em função das características intrínsecas do alimento, assim como do
próprio animal e respectivo meio envolvente.
O animal:
A raça e as preferências individuais
decorrentes das suas próprias experiências de vida e hábitos alimentares
influenciam consideravelmente a apetência do alimento. Por exemplo, o
gato pode dar preferência ao alimento que consumia quando estava na
presença da mãe.
O facto do animal ser esterilizado
também pode influenciar o seu apetite. As alterações hormonais que
ocorrem após a esterilização provocam uma diminuição das necessidades
energéticas e um aumento do apetite que, em alguns casos pode mesmo
tornar-se insaciável. Os dois primeiros meses após a esterilização são
os mais críticos no que diz respeito ao possível aumento do apetite.
O estado de saúde do gato também pode
influenciar a quantidade de alimento que ingere. Há algumas doenças que
fazem com que o gato aumente o seu consumo alimentar e outras em que o
primeiro sintoma de que algo não está bem é a falta de apetite.
O meio envolvente:
O modo de vida, a coabitação ou não com
outros animais de companhia, bem como a organização do espaço para as
diferentes actividades podem criar condições mais ou menos favoráveis
para o gato se alimentar.
A nível do modo de vida, se o gato viver
no exterior exercita-se mais, por isso deverá ter uma alimentação mais
energética. Determinados alimentos secos estão especialmente formulados
para dar resposta a essas necessidades elevadas. Gatos exclusivamente de
interior exercitam-se menos, logo precisarão de uma alimentação menos
energética.
Quanto à coabitação, os gatos tem
tendência a ser invejosos quando toca a comida, por vezes um gato mais
dominante empurra os outros, de forma a não os deixar comer. Por isso se
aconselha a que cada gato tenha a sua tigela. Se mesmo assim não
resultar, deve deixa-los comer à vez, separadamente, para que possam
saborear a comida mais descansados. Se por acaso o companheiro for um
cão, o gato pode tentar comer a comida deste, o que não é aconselhável,
evite-o ao máximo.
No que toca à organização do espaço,
tente que o alimento não se encontre demasiado perto da caixa de areia,
os gatos são animais limpos, e também animais que contam com o seu
olfacto, ter o WC perto do local da comida (mesmo que limpo) não
funciona para si, logo também não funciona para os felinos.
O alimento:
As características do alimento e a sua
percepção pelo gato influenciam as escolhas alimentares. A selecção de
um alimento por parte de um gato comporta quatro etapas sucessivas:
1. O animal cheira o alimento para
avaliar o odor e a temperatura. Aquecer ligeiramente os alimentos
húmidos é uma forma de potenciar o aroma do alimento, estimulando a sua
ingestão por parte do gato;
2. Se o odor do alimento for agradável, o
animal procura agarrá-lo, sendo então confrontado com a facilidade de
preensão do alimento;
3. Uma vez na boca, o alimento é
avaliado em termos de sabor e propriedades físicas: o tamanho e formato
dos croquetes, a sensação produzida na boca, a facilidade com que pode
ser mastigado, etc.;
4. Finalmente, o efeito pós-ingestão, constitui a última etapa.
Os gatos também podem apresentar uma
diminuição do apetite ou mesmo recusa de um alimento novo quando se faz
uma mudança demasiado rápida na sua alimentação. Para evitar este
comportamento alimentar, é importante respeitar um período de transição
de 7 a 10 dias.
Reconhecer os diferentes fatores que
influenciam o comportamento alimentar do gato, é fundamental para
compreendermos as necessidades destes animais.
Fonte: cidadedaspatinhas.com
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