Os Galgos, também conhecidos como Lebréis, são cães esguios, originários
de um tipo de cão primitivo chamado Canis Familiaris Leineri, que tinha
sua estrutura anatômica similar à das atuais raças de Galgos. Ele deu
origem a um cão utilizado pelos povos antigos em várias atividades, como
caça de pequenos roedores e até mesmo grandes felinos, pastoreio de
cabras e ovelhas e a guarda das caravanas nos oásis.
Foram
representados também em monumentos do antigo Egito, numa época que
remonta a mais de 2.000 anos a.C. Os gregos e os romanos na Antigüidade
apreciavam o cão quanto aos seus músculos de aço e sua rapidez, já os
reis e senhores da Idade Média atribuíam sua beleza à elegância
aristocrática.
Acompanhando os povos em seus deslocamentos a raça
expandiu-se pelo mundo. Em cada região que se ambientava, desenvolvia
características diferenciadas, provocadas pelas influências do meio e
pelo cruzamento com outros cães. Assim, as diversas raças de Galgos
foram se formando. No Reino Unido, por exemplo, este cão cruzou com cães
típicos do local, que tinham pêlo duro, produzindo o Irish Wolfhound e o Deerhound. Já na Rússia, o frio intenso propiciou a formação do Borzói, um Galgo com pelagem bastante densa, composta de pêlo e subpêlo, para protegê-lo das baixas temperaturas.
Não
se sabe se são descendentes de um só ancestral ou têm mais de uma
origem, mas todos convergem para o alongamento das linhas: são cães
esbeltos, de pernas longas, focinho comprido e afilado, costas
ligeiramente arqueadas, peito estreito e profundo, ventre cavado e
musculatura possante. Graças a esta estrutura anatômica, conseguem
desenvolver altas velocidades. Em sua maioria, têm faro limitado e
caçam, principalmente, com a visão, abandonando a perseguição de uma
presa assim que esta desaparece de seu campo visual.
Os Galgos são
cães de muita personalidade e temperamento independente, de um modo
geral não têm o hábito de seguir o dono para todos os lugares, nem de
implorar atenção e carinho. Costumam demonstrar seu amor de forma sutil,
abanando a cauda e dando uma lambida, ficando algum tempo por perto e
retornando em seguida ao seu ócio. Muitos os consideram com pouca
capacidade de aprendizado, porém são bons em resolver problemas e em
aprender por conta própria a associar as causas e as consequências dos
acontecimentos.
Existem muitas raças de Galgos, que variam
conforme o porte, pelagem, temperamento e habilidades. Eles podem ser
pequenos como o Italian Greyhound, com seus no máximo 38 centímetros ou enormes como o Irish Wolfhound,
eleito a raça mais alta do mundo, às vezes beirando um metro da
cernelha ao chão. Também apresentam as mais contrastantes pelagens:
longuíssima como no Afghanhound e curta como no Whippet e no Greyhound, ondulada no Borzói, dura no Irish Wolfhound e no Deerhound e franjada no Saluki.
Apesar dos muitos traços comuns, cada raça de Galgo é única. É impossível classificá-los genericamente.
Outros nomes dos Galgos
Lebréis
–
Em diversos países, os Galgos são chamados de Lebréis, em referência à
grande atuação de diversas raças na caça à lebre. Essa nomenclatura é
questionada por alguns especialistas. Consideram-na mal empregada,
alegando o fato de que nem todas as raças de galgos são originariamente
especialistas na caça à lebre.
Sighthounds –
Termo
bastante utilizado para designar os Galgos. Em português, significa
“Cães de caça pela visão”. Conforme denota a expressão: a visão – e não o
faro – é o principal sentido usado pelos Galgos para caçar.
Gazehounds
–
Em diversos países, os Galgos tem essa denominação, em referência a
atuação de algumas raças na caça à gazelas, sobretudo na antiguidade e
idade média.
Graióides –
Usado por poucos, é o jargão da anatomia que designa detalhadamente o tipo físico encontrado apenas em Galgos.
Windehunde –
Maneira como os alemães chamam os Galgos. Em português, “cão dos ventos”, numa clara alusão à rapidez dessas raças.
Fonte: galgos.com.br
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