domingo, 14 de abril de 2013
Discopatias
Por MV Manuelle Audino Rodrigues de Sá
As discopatias são alterações nos discos localizados entre as vértebras que acabam por comprimir a medula espinhal ou as raízes nervosas responsáveis por déficits de locomoção dos animais é a causa mais frequente de paralisia em cães e gatos.
Frequentemente leva a distúrbios locomotores e neurológicos, onde o sistema nervoso é o responsável pelos movimentos e sensibilidade. Portanto, alterações do sistema nervoso podem causar dificuldade ou perda de movimentos (paralisias ou fraqueza muscular), diminuição ou perda da sensibilidade, dor intensa e incontinência urinária e/ou fecal.
As discopatias podem ser por:
lesões agudas da medula espinhal, como as Hérnias agudas (Hansen do tipo I), traumatismos (causando fraturas e/ou luxações das vértebras) e eventos vasculares (embolismo fibrocartilaginoso)
ou por lesões crônicas da medula espinhal que são caracterizadas por alterações degenerativas vertebrais e dos tecidos moles associados, acometendo principalmente cães idosos, como exemplos dessa alteração, temos a espondilomielopatia cervical caudal (Síndrome de Wobbler), discopatia cervical ou toracolombar de Hansen do tipo II, malformações espinhais, entre outras.
Os sinais clínicos de lesão na coluna cervical alem da dor, o animal fica com a cabeça baixa, orelhas para trás, pescoço rígido, locomoção cautelosa e varia de leve ataxia a tetraparesia.
Já os sinais clínicos de lesão na coluna toracolombar são altamente variáveis, como a presença de cifose da região toracolombar com presença de dor na palpação, redução ou ausência da propricepção (Percepção do próprio corpo, e inclui a consciência da postura, do movimento, das partes do corpo e das mudanças no equilíbrio, além de englobar as sensações de movimento e de posição articular), relutância para andar, em alguns casos apresentam alterações na função da bexiga.
As raças mais afetadas são Dachshund, Lhasa-Apso, Pequinês. Assim que os sinais surgem o animal deve ser levado rapidamente ao veterinário para que o tratamento seja prontamente instituído e as chances de recuperação sejam maiores.
O diagnóstico é baseado na entrevista, exame clínico neurológico e radiografias (simples e contrastadas) ou, em algumas circunstâncias por tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Em humanos, os métodos fisioterápicos e de acupuntura são utilizados para o tratamento conservador das discopatias e essas técnicas vêm sendo adaptadas aos animais, onde tem demonstrado eficácia no tratamento das discopatias nos cães e favorecendo a recuperação clínica dos animais tratados, sendo utilizada no alívio da dor podendo se usar a acupuntura, o laser terapêutico, o ultrassom terapêutico, a eletroterapia com a corrente TENS, termoterapia como o calor (ex: luz infravermelho) e o frio, na normalização da função motora e sensorial podendo usar a acupuntura, Estímulos Neuro Sensoriais com escova, agulha, calor/frio e cinesioterapia (Bola suíça, esteira seca, prancha de equilíbrio, entre outros.), trabalhando o fortalecimento e resistência do animal com esteira seca, eletroterapia com a corrente FESS e cinesioterapia e nos distúrbios de micção e fecal com acupuntura.
Caso seu animal apresente um ou mais sinais clínicos descritos procure um profissional especializado de sua confiança.
Manuelle Audino Rodrigues de Sá
Médica veterinária - CRMV 25073
fisiopet@yahoo.com.br
Fonte:http://www.dicasmulher.com.br/extras/dica-profissional/problemas-de-coluna-nos-animais-discopatias/1170/.
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