A história do Pastor de Shettland é fascinante e 
cercada de controvérsias e suposições. Há muitas versões de como a raça 
evoluiu até então, mas, por falta de documentações, pouco se sabe 
realmente sobre sua história até o final do século XIX. 
As
 Ilhas de Shettland, de onde a raça é originária, localizam-se no Reino 
Unido, entre a Escócia e a Noruega. O clima rigoroso e as incessantes 
tempestades que varrem o norte do Oceano Atlântico comprometiam bastante
 a vegetação e, consequentemente, as condições de sobrevivência dos 
animais da região. Em razão disso, os nativos tiveram que começar a 
criar animais de menor porte. 
Os pôneis e 
pequenas ovelhas e bovinos, tão necessários à subsistência dos moradores
 das ilhas, adaptaram-se perfeitamente ao ambiente, pastando livremente,
 enquanto as escassas plantações existentes eram protegidas por muros 
nas pequenas fazendas. Contudo, esses dois meios de sobrevivência 
constantemente entravam em conflito quando os ágeis animais pulavam 
esses muros de pedra e destruíam as lavouras. 
Na metade do século XIX, os habitantes das ilhas começaram a criar cães pequenos e ágeis, chamados de toonies, palavra derivada do norueguês toon,
 que identifica as pequenas fazendas das Ilhas de Shetland. Esses cães 
eram criados para manter os pôneis e as ovelhas longe das terras 
cultivadas. Pouco se sabe sobre os ancestrais desses cães. Entre as 
prováveis raças envolvidas nos cruzamentos citadas pelos historiadores 
estão pastores maiores já existentes nas Ilhas de Shetland, Collie, 
Border Collie e o Yakki Islandês (raça não mais reconhecida). 
Atividades
 turísticas foram muito relevantes para a economia das ilhas no decorrer
 do século XIX. Uma das coisas que os nativos podiam vender aos turistas
 eram seus pequenos cães. Tal prática ocasionou uma grande debandada dos
 cães da região, fazendo com que, por volta de 1890, a raça original 
começasse a desaparecer. A fim de evitar maiores problemas, cruzamentos 
com pequenos Collies foram realizados, aumentando um pouco o tamanho dos
 cães, que passaram a ser denominados de Shetland Collies. No ano de 
1909, o Shetland Collie foi oficialmente reconhecido pelo The Kennel 
Club da Inglaterra e manteve esse nome até 1914, quando passou a ser 
chamado de Shetland Sheepdog.
Características físicas
O Pastor de Shettland
 (Shetland Sheepdog, ou Sheltie, como é carinhosamente conhecido) se 
destaca por sua beleza. Uns dizem se tratar de uma miniatura perfeita do
 Collie de pelo longo, razão pela qual frequentemente são chamados de 
mini-Collies. Mas uma comparação mais detalhada entre ambas as raças 
revela algumas diferenças,seja na aparência, seja no temperamento.
É
 um cão pequeno, contudo forte e ágil, com uma longa cabeça em formato 
de cunha. Seu pelo é longo e espesso, com subpelo macio. As pernas e o 
rabo comprido são eriçados; já a pelagem da face e das patas é macia. Os
 olhos são amendoados e em geral escuros,exceto dos animais de pelagem 
azul merle, que podem ter olhos azuis. A expressão deve ser alerta, 
gentil, questionadora e inteligente. O nariz preto, a mordedura em forma
 de tesoura e as orelhas pequenas, flexíveis e expressivas, com as 
pontas dobradas para a frente.
É 
possível dizer que seu tamanho é ideal, visto que não é tão pequeno a 
ponto de não conseguir acompanhar seu dono em caminhadas. Ao mesmo 
tempo, pode perfeitamente ser carregado no colo em casos de emergência 
ou necessidade. 
Temperamento
É um companheiro excelente, com temperamento gentil, sensível, leal e delicado. O Pastor de Shetland é uma das raças mais espertas, sempre disposta a agradar e obedecer.
É
 muito inteligente e não precisa de uma extensa educação para 
compreender o que se espera dele e para se comportar de modo digno. 
Stanley Coren, psicólogo canadense, classifica a raça como a sexta mais 
inteligente entre 171 outras raças. Em seu livro “A inteligência dos 
cães”, o Collie ficou em 16.º lugar. Tudo nele parece natural, dando-lhe
 muito encanto. Bastante apegado ao dono, observa-o e ouve-o com 
atenção, obedecendo-lhe espontaneamente. Porém não é um cão servil. 
Possuidor de grande personalidade, sabe manifestá-la sem se opor ao dono
 sistematicamente.
O contato com as 
pessoas da família é muito mais importante para um Sheltie do que 
qualquer outra coisa, incluindo a necessidade de exercícios. Em razão 
disso, é um excelente companheiro tanto para idosos, que necessitam mais
 de um companheiro, quanto para crianças, as quais exigem do animal 
maior esforço para acompanhá-las em suas brincadeiras.
Tem a tendência de ser desconfiado com estranhos, mas não é violento e nem tende a ser muito tímido.
É bastante vigoroso, inteligente e, consequentemente, de fácil treinamento, motivo pelo qual se destaca muito em competições de agility
fonte:pastorshetland.com





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