A pequena cidade histórica de Caravelas, no extremo sul da Bahia, é
 o ponto no continente mais próximo do Parque Nacional Marinho dos 
Abrolhos. Os primeiros visitantes da região foram os portugueses, que 
navegaram pelo rio Caravelas já em 1503. Desde então, outras 
celebridades como o naturalista inglês Charles Darwin também estiveram 
por lá, maravilhando-se com a rica fauna local, nela incluídas as 
baleias jubarte, muito mais numerosas antes da caça que quase extinguiu a
 espécie em águas brasileiras. 
     Em 1987, durante os trabalhos de implantação do Parque, foi 
redescoberta a presença de uma pequena população remanescente de baleias
 jubarte e sugeriu-se a importância de Abrolhos como principal 
“berçário” da espécie no Oceano Atlântico Sul Ocidental. Assim nascia o 
Projeto Baleia Jubarte, com a finalidade de promover a proteção e 
pesquisa destes mamíferos no Brasil. Caravelas passou, assim, de 
importante porto baleeiro no Brasil Colônia a sede da primeira base de 
um projeto de conservação de jubartes no país. 
    
     Em 1988 foram realizados os primeiros cruzeiros para fotografar as 
baleias jubarte, e as primeiras tentativas de estudar os animais a 
partir de uma estação em terra no arquipélago dos Abrolhos. 
     O Projeto foi posteriormente, em 1996, transformado em Instituto 
Baleia Jubarte, organização não-governamental que possui como missão 
“conservar as baleias jubarte e outros cetáceos do Brasil, contribuindo 
para harmonizar a atividade humana com a preservação do patrimônio 
natural para o benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.” 
    
     A criação da segunda base do Instituto Baleia Jubarte na Praia do 
Forte, no litoral norte da Bahia, ocorreu em 2001, a partir da 
necessidade de monitorar os cada vez mais freqüentes registros da 
espécie na região, como conseqüência da reocupação desta antiga área de 
ocorrência histórica da espécie. A implantação da nova base possibilitou
 a realização de cruzeiros de pesquisa no litoral norte, ampliando assim
 a área de estudo. A Praia do Forte, no litoral norte da Bahia, tem se 
tornado a cada dia mais um local de referência para o ecoturismo e 
conservação ambiental no estado: dotada de beleza ímpar, é o principal 
destino turístico do litoral norte baiano e sede de projetos importantes
 de conservação marinha.
 Devido aos hábitos costeiros da espécie e ao 
estreitamento da plataforma continental no litoral norte da Bahia, as 
observações  ocorrem próximo da costa, e o turismo de observação de 
baleias fomentado pelo IBJ  como ferramenta de sensibilização da opinião
 pública contra a caça destes animais tem aumentado a cada ano. O Centro
 de Pesquisa e Educação Ambiental do Instituto Baleia Jubarte na Praia 
do Forte constitui um novo espaço de divulgação e conscientização da 
comunidade e visitantes quanto à existência e importância da conservação
 das baleias na região. 
.Fonte:baleiajubarte.org.br





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