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terça-feira, 25 de junho de 2013

Dicas do Especialista





CONTROLANDO A AGRESSIVIDADE


O cão, “melhor amigo do homem”, às vezes é pouco amigo, enfrentando os donos com rosnados, latidos e mordidas. Por outro lado, há cães de quem se espera guarda ou alarme, mas se revelam “amigos demais”, recebendo até ladrões com latidos de carinho.

Para evitar problemas desse tipo, é preciso escolher o exemplar segundo seu temperamento e grau de dominância. A socialização é uma boa medida para dar autoconfiança ao cão, assim como o treino de obediência ajuda a evidenciar a posição de submissão dele ao dono.






TEMPERAMENTO



Ao ser escolhido o filhote, é importante avaliar o temperamento herdado por ele.

Dominância - É o grau de submissão ou liderança em relação a outros cães ou ao dono, definindo o instinto protetor e a disposição para ocupar e defender espaço (territorialidade). Os cães que mais desafiam o dono são os de alta dominância, e ela não é exclusiva das raças de guarda. São dominantes raças de pequeno porte (ótimas para alarme), como os Terriers, o Pequinês e o Schnauzer Miniatura (Anão), e de médio porte, como o Boxer, o Shar-Pei e o Schnauzer Standard. Entre as de grande porte estão o Pastor Alemão, o Fila Brasileiro e o Rottweiler.

Os cães não territoriais, de baixa dominância, são os mais dóceis. De modo geral, não dão alarme e ainda fazem festa para o ladrão. É o caso do Bichon e Shih-Tzu (pequeno porte), Labrador e Basset Hound (médio), Old English Sheepdog e Golden Retriever (grande).

A dominância é uma característica racial, mas varia entre os indivíduos. Pode ser medida no 49° dia de vida pelo teste de Volhard (veja em www.caes-e-cia.com.br/saibamais/volhard.htm) ou, se o cão tiver mais idade, testando a reação dele quando fechamos seu focinho com a mão ou o imobilizamos de barriga para cima, por exemplo. Cães muito possessivos com seus objetos ou que gostam de lugares altos tendem a ser dominantes.

A idade também influi no comportamento. Latidos e rosnados, por exemplo, só se tomam comuns a partir da adolescência dos cães, por volta de oito meses.






SOCIALIZAÇÃO


Socializar um cão é familiarizá-lo com pessoas, animais, ruídos, enfim, o mundo, nas primeiras semanas de vida. Não para que ele aceite tudo passivamente, mas para que encare situações novas com curiosidade, segurança e autoconfiança. O período ideal da socialização vai da sétima semana de vida aos quatro meses de idade.

Vantagens - A socialização é importante para o cão crescer sem medo, traumas ou neuroses e, se for de alarme ou guarda, para desenvolver esses instintos com clareza, discernindo momentos de perigo e só agindo se necessário. Pela socialização, os cães não desenvolvem rosnados e mordidas causadas por medo, típicos do animal assustado com o que não conhece e que ataca algum ser inofensivo “para se defender”. Os cães menos dóceis, quando socializados, se deixam examinar e se tornam mais receptivos aos comandos de obediência.

Conhecendo o mundo - Exponha o cão aos mais diversos objetos, cheiros e ruídos: brinquedos, eletrodomésticos, campainha, gravações de trovões e outros sons que assustam cães (com moderação, um objeto por vez e sons em volume baixo, para evitar traumas). Se o cão for de guarda, isto será importante para ele distinguir o que é normal do que deve ser averiguado ou atacado.

Coloque o cão em contato com outros animais (cães, gatos, pássaros, etc.) de boa saúde (o sistema imunológico do filhote ainda não está 100%) e com pessoas de várias idades e etnias, permitindo que ele seja tocado por elas.

Mitos - Muitos acham que socializar o cachorro do qual se espera proteção é um contra-senso, pois ele aceitaria sons e pessoas estranhas e, portanto, se prejudicaria como protetor. Isso é lenda! A socialização não elimina o instinto dos cães guardiões; pelo contrário, ajuda muito, pois um bom cão de guarda precisa perceber “algo estranho” sem se assustar à toa, distinguir o visitante do invasor e sair à rua sem risco para as pessoas.

Visitas e estranhos - Ensine o filhote a receber amigos, tias, encanador, todo visitante bem-vindo.

Se o cão latir ou rosnar, o dono deve dizer “Quieto!” e “Deixa entrar, é amigo”, acalmando-o em seguida (não o acalme enquanto late, ele pensará que está sendo premiado por latir).

Se o cão continuar agressivo, dê-lhe um brinquedo para morder, para desviar a atenção dele do visitante. Nos casos mais rebeldes, mantenha o cão preso pela guia, recompensando-o com afagos, petiscos ou brinquedos quando demonstrar calma.






OBEDIÊNCIA


Vantagens - Treinar obediência é muito útil para que cão e dono possam relacionar-se melhor, multiplicando as possibilidades de o cão compreender sua posição de submissão, diminuindo situações de tensão e confronto e facilitando o controle da agressividade. O treino consiste em obedecer aos comandos de “Não!”, “Senta!”, “Junto!”, “Fica!”, etc. Qualquer cão pode ser treinado e é recomendável que o seja.

Quando começar - Antes do adestramento propriamente dito, aos quatro meses de idade, recomenda-se dar ao filhote noções de educação, desde a sétima semana de vida (antes disso, o ideal é que fique com a mãe e os irmãos). Um bom exercício é ensinar o cão a sentar-se para ganhar petiscos, carinho, tudo que desejar. Podemos também usar o comando “Deixa ver!”, que incentiva o cão a permitir que o toquem ou examinem.

Lembretes - Para o treino de obediência, recomenda-se o auxílio de um instrutor que orientará o dono, de preferência em grupo, com outros cães e seus donos. Nunca bata no cão; qualquer ato indevido deve ser corrigido com um firme “NÃO!”.






GUARDA


Só agressividade não basta; o cão de guarda deve ser corajoso (muitos são agressivos por medo), saber distinguir perigos e ser controlável pelo dono.

A idade ideal para iniciar o treino de guarda, de acordo com o desenvolvimento cerebral do cão, é aos sete ou oito meses, mas é melhor esperar pela maturidade emocional, com um ano e meio ou dois, sempre praticando treinamento básico de obediência.

Vantagens - O cão de guarda, com o maior porte e o mais alto grau de dominância, é o mais agressivo e perigoso. Se o cão estiver bem socializado e obediente, o treino de guarda será uma boa “pós-graduação”.

Cuidado! - O dono deve adquirir total domínio do cão durante o treino de obediência; eventuais falhas não serão “consertadas” pelo adestramento de guarda.

É arriscado treinar para guarda cães que não tenham temperamento adequado, ou seja, cães de baixo instinto protetor, covardes, tímidos, mal-humorados e muito agressivos.

E nunca deixe um cão preso o tempo todo! Cães só se defendem fugindo ou atacando; se não puderem fugir, terão o ataque como única saída. Se o cão realmente deve ficar acorrentado, que seja próximo a um local onde possa abrigar, para sentir-se mais seguro.







SOLUÇÃO PARA A AGRESSIVIDADE

  • Cães que enfrentam o dono

Muitos cães não reconhecem a autoridade do dono, ignorando seus comandos, rosnando e arreganhando os dentes, mordendo-o e até lhe dando ordens (latindo para comer ou passear, por exemplo). Talvez o dono ainda não tenha se imposto sobre o cão; ambos devem então freqüentar um bom treino de obediência. Lembre-se: resultados em cães adultos podem demorar semanas e até meses.






  • Cão com medo do dono

É normal um cão sentir medo na infância, especialmente da 7° à 11° semana de vida e do 6° mês a 1 ano e 2 meses (as “duas fases do medo”). Traumas durante a socialização podem causar medos permanentes (por exemplo, o filhote que apanhava do criador com jornal enrolado pode se amedrontar ao ver o dono segurando um jornal). Outro causa pode ser grande timidez e submissão de nascença, exigindo cuidado especial. E muitos cães se escondem do dono, mas medo também representa perigo: pode despertar agressividade como defesa.

Traumas surgidos na primeira fase dificilmente são removidos de vez; o cão pode ser treinado a conviver com eles (sentando-se quando tiver medo, por exemplo).






  • Cães que latem demais

Todos conhecemos cães barulhentos, muitos até ameaçados de envenenamento por vizinhos. Tais cães costumam ser os de maior instinto de guarda ou alarme, latindo para proteger a casa do dono ou sua própria ninhada. Há outros motivos, como ansiedade, isolamento, estímulos externos (provocação de estranhos, caminhões de gás, etc.), medo ou tensão, desconforto (fome, sede ou doença) ou desejo de chamar atenção.

Uma solução é a punição despersonalizada, ou seja, de origem não identificável pelo cão (por exemplo, quando late demais, arremessar um objeto barulhento para perto dele ou jogar-lhe um jato dágua). A recompensa é dada quando ele permanecer em silêncio.

Não tente impedi-lo de latir fazendo afagos ou dando petiscas, que ele interpreta como prêmio e incentiva para latir! Nem grite com o cão; para ele, gritos soam como latidos e o animam a latir ainda mais.

Fonte:
www.caes-e-cia.com.br

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