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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Doença Periodontal em Cães e Gatos


Cerca de 85% dos cães e gatos com mais de 3 anos de idade apresentam algum grau de enfermidade periodontal, que é sem dúvida a causa mais frequente de perdas dentais.
A doença periodontal é uma infecção oral que acomete as estruturas que suportam e protegem os dentes causada pelo acúmulo de placa bacteriana.

A doença inicia-se com a formação da placa bacteriana, um biofilme formado basicamente por resíduos alimentares e bactérias que produzem substâncias que irritam a gengiva, causando a gengivite. No decorrer deste processo, vai havendo a mineralização da placa bacteriana por minerais existentes na própria saliva, formando o cálculo dental, conhecido como “tártaro”. 

Com o tempo, a doença acentua-se e resulta na destruição gradativa dos tecidos e estruturas que dão sustentação aos dentes, causando sangramento e retração gengival (gengivite), rompimento do ligamento periodontal, destruição do osso alveolar e cemento, ganho de mobilidade desses dentes e posterior perda dos mesmos, dor durante a alimentação e perda de apetite, emagrecimento, debilitação, salivação excessiva, halitose (mau cheiro na boca) e até mesmo inchaço ou fístulas na região abaixo dos olhos.


 O desenvolvimento da placa também é influenciado pela quantidade e qualidade da saliva, porque a saliva proporciona uma limpeza mecânica dos dentes. A saliva contém algumas enzimas que inibem a ação bacteriana, e apresenta propriedades imunológicas. Portanto, indivíduos com menor produção de saliva têm maior predisposição para formação da placa. 

Existem alguns fatores predisponentes, segundo alguns estudos, a dieta natural dos carnívoros tem efeito antiplaca devido, principalmente, à consistência dos alimentos ingeridos. Com a domesticação desses animais, e na tentativa de melhorar a sua alimentação, muitas vezes são oferecidos alimentos que favorecem o acúmulo de placa. Outros estudos mostram que o formato e a textura do alimento são mais importantes do que o conteúdo nutricional da dieta, no controle da placa e da inflamação gengival, já que rações moles predispõem ao acúmulo de placa bacteriana.

Cães de raça “toy” têm maior predisposição à doença periodontal devido principalmente a má oclusão, maior proximidade dos dentes, anomalias dentais como dentes supranumerários ou hipoplasia do esmalte, dieta, respiração pela boca entre outros. A resposta imune do animal quando alterada devido à idade avançada, tensão psicológica ou ambiental, debilidade, imunossupressão, doenças sistêmicas como a uremia, hepatopatia e distúrbios endócrinos influenciam na prevalência da doença.

Pode haver, tanto no cão quanto no gato, úlceras na mucosa jugal (mucosa da bochecha) ou na língua, pelo contato com áreas de doença periodontal intensa (“Kissing ulcers”). Nos gatos, a moléstia pode estar associada à progressão da inflamação para a região dos arcos glosso-palatinos (região de encontro entre a mandíbula e a maxila, próximo a oro-faringe), causando o complexo Gengivite-Estomatite-Faringite (Estomatite Plasmocítica dos felinos), cuja causa ainda é desconhecida. 


A forma mais simples de se evitar a doença periodontal é fazendo a escovação diária dos dentes dos animais com produtos específicos e adequados. Com a escovação temos a retirada do alimento e da placa bacteriana que dão início ao processo, podendo até reverter pequenas gengivites. Podemos também utilizar alimentos adequados para animais, como rações com menor quantidade de carboidratos e maior densidade (mais duros), o que irá fazer a retirada mecânica parcial da placa. 

Existem algumas rações no mercado com o hexametafosfato de sódio, substância que quela (”neutraliza”) o cálcio, o principal mineral responsável pela formação do cálculo dental (tártaro). Brinquedos de borracha rígida, biscoitos, palitos de couro comestíveis fazem a retirada parcial da placa bacteriana e, portanto, também podem ajudar.

Nos casos em que já houve a formação do cálculo dental, a única solução é fazer o tratamento periodontal. O tratamento consiste na retirada de todo o cálculo dental (tártaro) através de cureta de um aparelho de ultrassom, remoção de placa bacteriana através de jato de bicarbonato (que também tem efeito anti-séptico e branqueador) e polimento dos dentes com micromotor e pasta de pedra-pomes. Este polimento é o mais importante, pois, não sendo realizado, a superfície dental permanece irregular, permitindo novo acúmulo de placa bacteriana, mais rápido e acentuado.

Entretanto, como os animais não entendem o procedimento a ser realizado, é necessária a utilização de anestesia geral.  Com o crescimento da medicina veterinária, existem técnicas anestésicas bastante seguras para os animais, principalmente os mais idosos, através do emprego da anestesia inalatória, anestesia esta em que o animal fica entubado respirando uma mistura de oxigênio com o gás anestésico, reduzindo assim bastante o risco da anestesia.

Fonte: thepetnews.com.br

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