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domingo, 17 de abril de 2011

Emoções em Cães e Gatos



Posso garantir que os animais sentem, vivenciam emoções. Tristeza, dor, ansiedade, medo entre outras. Mas afirmar que são as mesmas que nós humanos experimentamos, não dá para afirmar. É difícil acreditar que os cães e gatos não sintam as mesmas emoções que nós sentimos.  As emoções estão diretamente ligadas a mecanismos evolutivos essenciais à preservação das espécies. Ao experimentar medo, por exemplo, os animais tomam decisões e agem para se sentir seguros. Alguns sentimentos básicos são comuns à maioria dos animais, como o medo, a surpresa, a raiva, a alegria, a tristeza e o nojo. Se perguntarmos a alguns donos (prefiro chamar de companheiros, não somos donos de ninguém!) de cachorros e gatos se eles sentem as mesmas emoções que nós, aposto que muitos responderão que sim, afirmando que seus animais sentem culpa, pena, vergonha, etc. É justamente aí que reside o perigo de interpretarmos mal nossos animais, pois tentar se colocar sob o ponto de vista de outro individuo é sempre difícil, e quando este outro indivíduo é de outra espécie, a tarefa se torna ainda mais complexa.
Cada espécie tem formas de ver, ouvir, cheirar, provar e sentir o mundo completamente diferentes das outras. Sabemos que a audição e o olfato dos cães e gatos são mais desenvolvidos que os nossos. Já o paladar deles é aproximadamente cinco vezes menos apurado.

Nós, humanos, sentimos o mundo de um jeito; os animais, de outro. As diferenças sensoriais entre eles e nós são muitas.
Outra diferença enorme é a linguagem usada para comunicação. Ao passo que os cães são especialistas na leitura da linguagem corporal, eles compreendem muito pouco da nossa fala. Embora sejam capazes de aprender muitas palavras (mais de 200!), não entendem o sentido de uma frase longa. O tom de voz –doce ou ríspido – é facilmente compreendido por um cão, mas o que o dono está dizendo…eles não entendem.
Outra questão recorrente é se os animais têm ou não consciência. A definição de consciência,segundo o Dicionário Aurélio, é: “Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade”.



  Para simplificar, vamos classificar a consciência dos animais em três tipos:
1. Consciência Primária: percepções e sensações como raiva, sede, calor,
frio. Esse nível de consciência permite que o animal perceba o mundo
externo, se mantendo seguro e vivo.Os peixes, répteis e anfíbios são
dotados deste tipo de consciência.

2. Consciência Secundária: é a capacidade de refletir sobre as
experiências. Alegria, tristeza, medo, raiva e surpresa são exemplos de
sentimentos associados à consciência secundária.

3. Consciência Terciária: é a capacidade de pensar, expressar
sentimentos através da linguagem e da autoconsciência. Culpa,
embaraço, generosidade, compaixão, vergonha, orgulho são expressões
disso.

Estudos indicam que todos os mamíferos possuem as consciências primária e secundária. Já a consciência terciária, habilidade de vivenciar experiências pessoais, internas e subjetivas, requer alta inteligência. Até onde sabemos, do ponto de vista científico, os animais não possuem esta habilidade, presente unicamente nos seres humanos.
É quase impossível não confundirmos as nossas emoções com as dos cães e gatos, e esta atribuição de características humanas aos animais é chamada de antropomorfização. Inconscientemente, fazemos isto o tempo todo.


Os gatos sentem muito a chegada de um neném na casa, por exemplo. Mas prefiro interpretar suas atitudes estranhas (ex: urinar na cama do dono) como uma demonstração de que ele está precisando de atenção. Acho melhor que chamar o gato de ciumento.
Quando achamos que nosso cachorro está demonstrando vergonha, ciúme, orgulho e culpa, estamos lendo e interpretando os sinais corporais dele de acordo com o que conhecemos e sentimos. Pode ser difícil acreditar que seu cachorro não sente culpa quando você chega em casa e vê um xixi na sala.
Mas enxergue por outro ângulo: a postura submissa, o olhar de “coitadinho” e o rabo entre as pernas é a reação do cão à expressão enfurecida do seu dono/companheiro pela sujeira e o estrago causado. Experimente entrar em casa e fazer uma festa mesmo que encontre uma bagunça. Aposto que ele não expressará nenhuma culpa e ficará animado como se tivesse sendo elogiado.
Os cachorros e gatos não têm uma noção linear do tempo como nós. Cinco minutos após o fato, eles não relacionam mais o ocorrido à sua reação. Por isso a punição ou o elogio devem ser sempre no ato, “no flagra”.
Quando os cães fazem aquela cara de “fiz besteira” e tentam nos agradar, é para satisfazer o chefe da matilha – você.
Já sabemos que os seres humanos não são as únicas espécies que podem exprimir emoções, mas ainda estamos longe de alcançar a compreensão total do universo afetivo dos animais.

 Fonte:Dra.Rita Ericson
bichosaudavel.com

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